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Blog do Leonardo - Podcast

24 junho 2020

Cristiana Lôbo: "No jornalismo não existe atalho. Existe trabalho"

Cristiana dos Santos Mendes Lôbo ou apenas Cristiana Lôbo, como é conhecida, (Morrinhos, 2 de fevereiro de 1958) é uma jornalista brasileira em atuação na GloboNews.

A jornalista Cristiana Lobo, da Globo News. Reprodução: Divulgação/TV Globo/UOL

Acompanha a política brasileira desde 1982. Cobriu os governos João Figueiredo, José Sarney, Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Atualmente, comenta os bastidores de Brasília, as decisões do governo federal e as negociações com o Congresso Nacional.
E ela, no meio da correria da profissão, topou conceder está entrevista.

Blog do Leonardo: Cristiana como você vê as trocas dentro do Planalto e as alianças do governo?
Cristiana Lobo: O presidente Jair Bolsonaro tem estilo peculiar e gosta de ter a seu lado, nos cargos com gabinete no Palácio do Planalto, aqueles que já conhece há mais tempo e que são de sua confiança pessoal. Digo isso porque outros presidentes tiveram ministros no Planalto selecionados pela competência. Bolsonaro seleciona pela confiança de sua família. As alianças do governo fazem todo o sentido. Nenhum presidente consegue governar sem uma base no Congresso. O que despertou a atenção foi o fato de ele ter dito na campanha que não faria alianças e nem toma-la-da-ca, e agora fez. Por necessidade. Por temer um processo político contra ele. A aliança do "centrão" com Bolsonaro tem uma vantagem sobre a aliança do mesmo "centrão" com os governos do PT: é que o "centrão" é tão conservador quanto Bolsonaro. Antes, os governos petistas progressistas tinham como base partidos conservadores. Isso tornava a relação ainda mais difícil.

Blog do Leonardo: Cris, qual é a sua visão da atuação do presidente Jair Bolsonaro e de suas atitudes?
Cristiana Lobo: O presidente Bolsonaro é uma pessoa impetuosa e de rompantes. Nós (brasileiros) não somos acostumados a isso. Os presidentes sempre são mais resguardados por suas equipes e se expõem menos, falam menos. Ele fala muito, é muito incisivo e fala direcionadamente à sua base mais fiel. Por isso gera tanto espanto. Mas ele quer mesmo é fidelizar este eleitor mais conservador.

Blog do Leonardo: O presidente indicou o ex-ministro Abraham Weintraub ao Banco Mundial, como um episódio, nesta semana, de polêmica do governo. Como você vê o governo se colocar em polêmicas, tanto o presidente Bolsonaro, quanto seus subordinados?
Cristiana Lobo: O presidente quis encontrar um cargo para Weintraub e o Banco Mundial é uma espécie de sinecura... apenas um cargo. Inadequado, vale dizer. O Banco Mundial é preocupado com questões contemporâneas como direitos humanos, a questão ambiental, as minorias. E Weintraub é o avesso disso - tanto que seu último ato foi revogar portaria que previa cota para negros em universidades. Só podemos dizer que eles não teme polêmicas.

Blog do Leonardo: Cris, você tem um blog no G1 e é comentarista na GloboNews, qual é a sensação?
Cristiana Lobo: A sensação é que estamos num liquidificador...rs. Todos os dias uma crise nova se instala. A crise não termina e chega outra e toma conta do noticiário. É um governo intenso em algumas questões e me parece alheio em outras. O presidente só se dedica a alguns problemas. Outros, ele ignora.

Blog do Leonardo: Cris, você faz parte da equipe de grandes jornalistas da Globo. Como que é a sensação sobre isto?
Cristiana Lobo: Olha, eu trabalho todos os dias, desde a parte da manhã até a noite, como sempre fiz, desde que comecei na profissão. No jornalismo não existe atalho. Existe trabalho. Se estou numa grande emissora, isso é resultado de muitos anos de trabalho. Já completei 40 anos de profissão, aqui em Brasília.

22 junho 2020

Caio Junqueira: "Eu sou muito feliz aqui, sou muito feliz" diz sobre estar na CNN Brasil

Caio Junqueira é jornalista especializado em política, com passagens por Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e revista Crusoé, a onde, neste último, ocupava o cargo de repórter sênior. Hoje é âncora da CNN Brasil.

Caio Junqueira na cidade de Brasília. Reprodução: Twitter/CNN Brasil

O blog agradece ao Caio Junqueira por ter concedido está entrevista e também a CNN que o autorizou.


Veja a íntegra da conversa, que foi gravada: 
Blog do Leonardo: A primeira pergunta Caio, é assim, recentemente, mais precisamente, agora na sexta, o Fabrício Queiroz foi preso. Como que você viu está prisão? E você acredita que isto poderá interferir no governo?
Caio Junqueira: Léo, eu acho que essa prisão ela pode trazer muitos problemas para o governo, porque o Fabrício Queiroz é um amigo do presidente Jair Bolsonaro a muitos anos e ele é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e ele está preso! E o que a gente tem de informação, é que essa prisão pode leva a uma delação premiada na qual o Fabrício Queiroz vai ser instado a contar tudo o que sabe sobre a família Bolsonaro, então, de fato, pode sim gerar muitos problemas para o governo.

Blog do Leonardo: Ainda nessa esteira, só para pegar assim, como você vê a questão do sítio a onde o Fabrício Queiroz foi preso era do Frederick Wassef?
Caio Junqueira: E qual é a pergunta sobre o sítio, a casa?
Blog do Leonardo: Como você a questão dele ter sido preso, lá nesse sítio, em relação a ser do Frederick?
Caio Junqueira: Então é um super agravante, o fato do Queiroz estar na casa do advogado da família Bolsonaro. É um super agravante, que o governo precisa explicar, na verdade, mais do que o governo explicar, o Flávio Bolsonaro precisa explicar, o próprio Frederick precisa explicar, isso não foi explicado ainda, mas é um fator que agrava esse cenário todo.

Blog do Leonardo: Falando no governo ainda, mas mudando um pouco o cenário, como você está vendo o relacionamento do Planalto com o judiciário? Você acredita que depois da saída do Weintraub isso vai mudar?
Caio Junqueira: Não acredito que a saída do Weintraub vá mudar, mas ela vai amenizar essa relação tensa do executivo com o judiciário, eu acho que o Palácio do Planalto já vem dando ali alguns sinais no sentido de pacificar essa relação, principalmente depois do dia 31 de maio, que foi quando teve a primeira operação dentro do inquérito das Fake News contra militantes bolsonaristas, desde aquele dia o governo já sentiu que se ele não dialogasse com o poder judiciário poderia piorar a situação política dele, então a 'cabeça', vão dizer assim, do Weintraub não é uma condição para estabilizar e pacífica por completo a relação, mas a demissão do Weintraub é uma sinalização do governo nesse sentido, que o judiciário considerava quase como uma condicionante para começar a sentar para conversar com o governo.

Blog do Leonardo: Ainda falando de relações entre ali os três poderes, como que você está vendo a aproximação do governo com o Centrão? E isso pode ter relação do Planalto com o Congresso?
Caio Junqueira: Aproximação do governo com o Centrão é uma necessidade do governo para formar uma base parlamentar solida que ajude tanto na agenda econômica do governo, que será necessária para recuperar a economia depois da pandemia do Coronavírus, como também para dar uma sustentação política caso alguma dessas investigações que estão em curso no poder judiciário avancem no entorno do presidente Jair Bolsonaro, pessoas muito leal ao presidente Jair Bolsonaro, então é uma questão de necessidade e isso tem dado certo, tem dado certo até agora, tem dado certo a aproximação do governo com o Congresso, tanto que Congresso hoje não é uma ameaça ao presidente Jair Bolsonaro, muito ao contrário, o Congresso tem auxiliado o governo a se sustentar politicamente, mesmo em meio a todas as essas investigações que estão alí, a todos os inquéritos em curso no poder judiciário.

Blog do Leonardo: Ainda falando de Congresso, como que você vê a questão do inquérito das Fake News, você acha que ele é legítimo, porque ele acabou se criando muita discussão, principalmente, por causa do fato de pessoas ligadas a militância bolsonaristas estar sendo alvo desses inquéritos tanto no Supremo, quanto na questão da CPMI das Fake News?
Caio Junqueira: Eu acho que o inquérito das Fake News desde a sua abertura, ele tem um questionamento, vários questionamentos que são muito legítimos e, que é difícil você compreender e você aceitar que a mesma pessoa que investiga, é a mesma pessoa que julga, é a mesma pessoa que conduz uma investigação, então, sem a participação de Ministério Público, sem que advogados dos investigados possam ter acesso aos atos, então ele é muito questionável sobre esse aspecto, desde o começo ele foi muito questionado. Mas o Supremo Tribunal Federal considerou nessa semana que ele é legítimo, muito mais como um gesto político, assim de união, em face do que eles consideram ataques do poder Executivo contra o Supremo Tribunal Federal, então juridicamente o Supremo Tribunal Federal referendou o inquérito das Fake News.

Blog do Leonardo: É mudando, pulando ali os lugares da praça dos três poderes, como que você está vendo, ela em geral, a atuação contra o combate a pandemia. Você acha que existe um equilíbrio entre saúde e economia nesse combate?
Caio Junqueira: Eu acho que o país, o Brasil de uma maneira geral, não se organizou para o combate a pandemia, ninguém se organizou, quando todos os sinais da China vieram de que a crise seria grande, acho que ninguém acreditou, as autoridades não acreditaram que a crise viria para cá, ninguém boto fé, que o novo Coronavírus viria com força para o Brasil e quando cairam na real que era um problema, era tarde de mais e aí começou esse discurso, se é saúde, se é econômia, o que se deve ser priorizado, mas como não tinham se organizado para nada, a gente caiu nesse buraco todo e o Supremo Tribunal Federal de fato decidiu que os estados e municípios tem autonomia para tomar suas decisões, as suas estratégias, então a questão operacional ficou muito a cargo dos estados e municípios, por outro lado o presidente Jair Bolsonaro ele ficou focando a estratégia do governo, a narrativa do governo de que era preciso olhar tanto a questão de saúde, quanto a questão econômica, porque, uma hora a questão de saúde pública vai passar, mas vai ficar o buraco na economia, então ele tenta ali implementar essa narrativa de que ele tentou desde o começo cuidar da econômia, foi impedido pelo Supremo Tribunal Federal, porque? Porque daqui um ano quando a pandemia passar, o que vai restar vai se o buraco economico, então tem muito uma questão de narrativa, aí. Tem a narrativa dos prefeitos, a narrativa dos governadores, que a propósito, por sinal estão começando a flexibilizar o isolamento, porque as pessoas também precisam trabalhar, não aguentam mais fica em quarentena, então de uma maneira geral, na minha avaliação o país não se organizou para o Coronavírus e todas as esferas, tudo que aconteceu depois daí, virou embate político sobre narrativas, sobre os mortos, sobre os desempregados, sobre impacto na econômia, mas tudo decorre de uma falta de organização lá no começo sobre isso. 

Blog do Leonardo: Você falou do governo federal, dos estaduais e municipais, como você vê essa relação entre eles? É como você analisa, toda está questão de governo estaduais, municipais e o governo federal?
Caio Junqueira: Eu avalio que não é uma boa relação, não é uma boa relação e a pandemia piorou essa relação que já não era boa. No momento em que o Supremo Tribunal Federal disse que os estados e municípios tem autonomia para decidir sobre os fundos de combate a pandemia, isso piorou, porque o presidente Jair Bolsonaro acha que tem que ser uma linha e os estados acham que tem que ser outra e as pessoas continuam a morrer, a economia amplia o seu buraco, então a pandemia de fato piorou a relação entre a presidência da República e os governadores, começou a se ter uma tentativa de reaproximação, uma vezes por semana, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com todos os governadores, então deu uma sensível amenizada, uma sensível melhora nessa relação, mas ela não é boa e não acredito que ela vá melhorar 100% daqui em diante.

Blog do Leonardo: Só para fechar alí a questão de poder, recentemente o ator Mário Frias foi o indicado do presidente a Secretária Especial da Cultura, como que você viu essa indicação? E como você vê a nova relação do Planalto e imprensa, já que agora foi nomeado o deputado Fábio Faria como ministro das comunicações? Isso pode mudar alguma coisa nesse cenário?
Caio Junqueira: Então vamos lá, são duas coisas. Sobre cultura, o Mário Frias era praticamente alí o que sobrou, o que restou, não há uma boa relação da classe artística com o governo federal, já é o 4, salve engano, nomeado e é uma área muito difícil, porque o governo considera que é uma área dominada pela esquerda, então eles tem muita dificuldades de enfrentar a sua visão, sua estratégia, enfim não vejo que a nomeação do Mário Frias vá melhorar essa relação, ela vai ser sempre tensa, tanto que é a área de governo, mais problemática, no sentido de que ninguém fica nesse cargo por muito tempo, essa é o que eu acho. Sobre relação com a imprensa, de fato a nomeação do Fábio Faria, eu acho que pode ser sim, porque o deputado Fábio é muito bem relacionado com a imprensa, então e essa, até a onde eu sei, é uma das missões dele, é tentar fazer essa costura entre governo e entre imprensa, que não significa que vá melhor a relação direta do presidente Jair Bolsonaro com a imprensa, porque ele tem todas as críticas alí a imprensa, a imprensa que cumprindo o seu dever, também tem todas as críticas a ele e ao seu governo.

Blog do Leonardo: E para fechar aqui o Caio, como que está sendo estar na CNN, que é o maior canal do mundo?
Caio Junqueira: O que eu posso dizer é que eu sou muito feliz aqui, sou muito feliz e me sinto com a liberdade para trabalhar, gosto das pessoas com que trabalho, eu sou feliz aqui e o que posso te dizer.

21 junho 2020

Opinião: Queiroz o mal de Bolsonaro?

Desde do dia 18 de junho de 2020, o assunto mais falado foi a prisão de Fabrício José Carlos de Queiroz, conhecido apenas como Fabrício Queiroz. Queiroz é um ex-policial-militar e ex-assessor parlamentar do gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos - RJ), quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro e está sendo acusado de praticar 'rachadinha' no gabinete de Flávio.

Imagem de Fabrício Queiroz, durante entrevista. Reprodução: SBT

Então é neste cenário que comento este caso que deixou uma marca na família do presidente Jair Bolsonaro, de que os Bolsonaro são corruptos e milicianos, mas ainda nada que confirma isto.
Pois bem, até o determinado momento, o que se pode dizer é que existem várias linhas de investigação que estão em curso, todas partindo de uma lista de gabinetes de então deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) [este órgão é a Câmara dos Deputados, mas do estado do Rio de Janeiro], tendo alguns ainda com mandato na casa legislativa. Dentre os nomes que constavam na lista do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) está a do, hoje senador, Flávio Bolsonaro.

Imagem publicada no Instagram da deputada Bia Kicis sobre a 'rachadinha' nós gabinetes da Alerj. Reprodução: Instagram/Bia Kicis.

Fato é que todos, independente de que lado estejam querem a explicação de tudo e que seja jogado luz no ocorrido, com isto trazendo a tona a verdade. Outro fato é que Queiroz teve atividades financeiras atípicas e, se for comprovado a 'rachadinha' deve ser responsabilizado por seus atos como todos os outros envolvidos, assim como assesores de outros gabinetes, caso do número 1 da lista do Coaf, André Ceciliano (PT - RJ), presidente da Alerj, que teve movimentado em seu gabinete 49,3 milhões de reais. Mas cadê os assessores de Ceciliano? De Paulo Ramos (PDT - RJ), que desviou 30,3 milhões de reais para a 'rachadinha'? E por aí vai, pois como a deputada Bia Kicis (PSL - DF) disse em postagem no Instagram, "pau que bate em Chico, dá em Francisco".
Mas infelizmente o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ainda não deu informações dos outros envolvidos, apenas de Flávio, sendo este caso tendo uma grande cobertura de veículos de imprensa. Afinal MPRJ e os outros envolvidos, pois dar 'combustível' para que a família de Bolsonaro seja acusada de corrupta e miliciano, pois foi ligando Queiroz ao ex-policial militar do Bope, que liderava o grupo miliciano "Escritório do Crime" — investigado por suspeita de envolvimento nas mortes da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL - RJ) e Anderson Gomes - motorista da vereadora, Adriano Magalhães da Nóbrega - que morreu em março de 2018, levando a possibilidade de o presidente Bolsonaro estar envolvido com a morte de Marielle, o que nunca conseguiu ser provado, colocando até mesmo um testemunho de um porteiro.
Ou seja, o MPRJ, querendo ou não, transformou está investigação em uma forma de tentativa de destruição da reputação da família Bolsonaro e querendo estar aparecendo na mídia, fato é que isto já está fazendo com que o MP do estado do Rio perca a essência dele que é fazer investigação 'insentas' e com responsabilidade, para investigações política, para então tentar 'derrubar' a família do presidente da República.
Quase terminando este texto dizendo que, independente do que vier a acontecer, TODOS os envolvidos devem responder por seus atos, mas não se pode ser seletivo e nem tentar persergir alguém com uma investigação, tendo como materialização disto, discursos como 'cade o Queiroz?', 'ele é miliciano', sendo tudo isto, sem nenhuma prova que corroborem estas afirmações, apenas possibilidades, na qual já foi até mesmo desmentindo.
Para fechar, fica às palavras de Janaína Paschoal no Twitter "Lula, como todos sabem, esteve envolvido em uma série de acusações e condenações por crimes graves. Petistas, políticos ou não, seguiram firmes na sua defesa e, até onde sei, jamais foram criminalizados ou perseguidos por isso! A família Bolsonaro está aí em meio a essa situação do Queiroz, que eu também considero grave, muito embora ainda não haja condenações e nem mesmo acusações formais. Seus seguidores seguem firmes em sua defesa! Diferentemente do que ocorre com esquerdistas, são criminalizados! Eu não escondo que abomino a cegueira deliberada e os métodos de petistas (incluo aqui os psolistas) e bolsonaristas, mas impossível ficar calada diante do que está acontecendo!"

17 junho 2020

"Pessoa jovem e preparada" diz Angelo Coronel sobre Fábio Faria

"(Ele é uma) pessoa jovem e preparada", assim classificou o senador Angelo Coronel (PSD-BA) sobre a posse de Fabio Faria (PSD-RN).

Senador bahiano, em conversa com o blog, disse que o colega de partido "deve melhorar muito as relações com o Congresso".

A chegada do novo ministro muda a relação entre o Palácio do Planalto com o Centrão e principalmente com o Congresso, já que Faria tem uma boa interlocução com ambos os poderes da Praça dos Três Poderes (Executivo e Congresso) e também com a imprensa.

Também deve se registrar que o novo ministro é genro de Silvio Santos, dono do SBT, casado com Patrícia Abravanel, uma das herdeiras e apresentadora do canal, que esteve na posse do marido no dia de hoje, que também teve presenças de jogadores de futebol como Felipe Melo, volante do Palmeiras; Alexandre Pato, atacante do São Paulo e presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, além dos atletas do clube carioca.

Leia íntegra da fala do Angelo Coronel (PSD-BA):
"Pessoa jovem e preparada deve melhorar muito as relações com o Congresso".

11 junho 2020

"Doria se tornou a face do combate à pandemia no país"

"Doria se tornou a face do combate à pandemia no país, porque o (presidente Jair) Bolsonaro não tem se comportado de acordo com as diretrizes da OMS" foi assim que uma fonte, em uma conversa reservada com o blog, definiu o fato de o governador de São Paulo estar concedendo entrevistas e estar em evidência em veículos internacionais.
Segundo está fonte, veículos internacionais como Agência EFE, Agência FP (France Press), Agência AP (Associated Press), Agência Reuters, The New York Times, Deutsche Welle, ABC News, El País, NHK TV (Japão), Le Monde e outros veículos participaram, por exemplo, da coletiva realizada no dia de hoje (11) no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo e residência oficial do governador.
Isto mostra está 'busca' destes veículos em ouvir o chefe do governo do principal estado brasileiro.

Está fonte, ressalta que Dória "já fez muitas entrevistas exclusivas com os veículos mais respeitados internacionalmente" e que "não é questão de querer" conceder estás entrevistas.
Está afirmação ocorrer em um momento que foi ventilado sobre uma possibilidade de Doria estar querendo ser um expoente mais visto no país, através destas entrevistas com estes veículos.
Procurada, a assessoria de imprensa do governador João Dória (PSDB) ainda não comentou a publicação do blog.

10 junho 2020

ThunderCats retorna às telinhas em uma nova série de animação, 'Thundercats Roar'

Chegou a hora de ouvir um novo rugido! A série animada de ação e comédia, ThunderCats Roar, está chegando ao Cartoon Network, série que já tinha saído rumores de sua produção, até mesmo antes da divulgação da série.

A estreia dos dois primeiros episódios na próxima quinta-feira (11) com exibição de novos capítulos toda quinta no mesmo horário.

Cartaz de divulgação da série 'ThunderCats Roar'.
Reprodução: Divulgação Cartoon Network


Mantendo-se fiel e nostálgica à clássica série original, Lion e os ThunderCats – TygraPanthroCheetaraWilykat e Wilykit – conseguem escapar da destruição repentina de Thundera e aterrissam em um planeta misterioso e exótico chamado Terceiro MundoLion, o recém-eleito Senhor dos ThunderCats, tenta liderar a equipe enquanto todos transformam o planeta em seu novo lar.

Uma série de criaturas e vilões bizarros aparecem no caminho deles, incluindo o diabólico Mumm-Ra – o governante perverso do Terceiro Mundo que não permitirá a ninguém, incluindo os ThunderCats, destruir seu reinado tirânico sobre o planeta.

Cena da série 'ThunderCats Roar'.
Reprodução: Divulgação Cartoon Network

O novo show do Cartoon apresenta design novos e vibrantes de Lion e sua turma, junto com uma narrativa divertida e irreverente que promete reacender a base de fãs apaixonada por esses personagens icônicos, além de apresentar o legado dos ThunderCats às novas gerações.

Victor Courtright (Picles e Amendoim) e Marly Halpern-Graser (Right Now Kapow) são os produtores, com Sam Register (Os Jovens Titãs em Ação) como produtor executivo.

Não perca a estreia dessa aventura divertida! ThunderCats Roar estreia em 11 de junho, às 17h45*, só Cartoon Network!

*Horário de Brasília. Programação sujeita a alterações sem aviso prévio.

05 junho 2020

Exclusivo: Presidente da CPMI das Fake News explica sobre inclusão de Joice Hasselmann no relatório final

O senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPMI das Fake News, explicou sobre a possibilidade da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) ter seu nome como parte no parecer final feito pela comissão. 
Segundo Coronel, ele não pode "exarar parecer. Cabe a quem desejar fazer a denúncia" e que isto é uma "briga de PSL com PSL".
Ainda segundo o senador bahiano, em conversa com o blog, Joice será incluída no relatório apenas, "se algum parlamentar fizer o requerimento de convocação" e que o "presidente (da comissão mista) não deve" fazer a inclusão sem o requerimento.
A possibilidade da deputada paulista do PSL ter seu nome incluído na CPMI das Fake News, é devido a matérias da CNN Brasil e da Record nas quais fala-se de um 'gabinete do ódio' vinculado ao gabinete da parlamentar na Câmara dos Deputados.

01 junho 2020

Denise Campos de Toledo: "Talvez na época não tenha avaliado muito bem" sobre o Prêmio Esso de Jornalismo.

Denise Campos de Toledo (São Paulo, 1 de novembro de 1965) é uma jornalista, economista e escritora brasileira.
Denise Campos de Toledo. Reprodução: TV Gazeta

Tem passagem por vários veículos, como no jornal O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, Rádio Eldorado, TV Cultura, Rede Manchete, AOL e Rede TV. Atualmente é apresentadora do Jornal Jovem Pan e comentarista do Jornal da Manhã, na Rádio Jovem Pan, além de ser comentarista de economia do Jornal da Gazeta.
E concedeu esta entrevista para o blog, desde já Denise muito obrigado pela entrevista.

Blog do Leonardo: Denise para começar,  O que você acha da ajuda do governo a população mais pobre?
Denise Campos de Toledo: Eu acho o auxílio emergencial muito válido, assim como a ampliação do Bolsa Família. Não tinha outra forma de dar suporte à população informal e desempregada para sobreviver durante o isolamento social. Houve e ainda há graves problemas operacionais, gente que não consegue se cadastrar, mas tem sido fundamental. Acho que pode ser prorrogado caso a pandemia não seja controlada no prazo previsto.

Blog do Leonardo: Denise você acha que a quarentena deve acabar?
Denise Campos de Toledo: Acho que a quarentena deve acabar quando a pandemia estiver controlada, inclusive, por uma responsabilidade maior da população, para voltar a trabalhar com todos os cuidados possíveis para evitar o contágio. É preciso segurança, principalmente, quanto à capacidade de o sistema hospitalar atender à curva de contaminação.

Blog do Leonardo: Na sua opinião, quais danos da crise a economia terá?
Denise Campos de Toledo: A economia vai enfrentar uma recessão histórica, com aumento expressivo do desemprego, aumento do endividamento das empresas e pessoas, quebra de muitas empresas , piora das finanças públicas, com um rombo muito superior ao previsto, além do aumento do endividamento também do governo.

Blog do Leonardo: Denise o que você acha que precisa para a economia voltar a crescer como está caminhando para isto antes da crise?
Denise Campos de Toledo: A crise já está instalada. O importante é acelerar a liberação de crédito para as empresas, para evitar aumento muito maior do desemprego e da quebradeira. Depois será preciso estimular os investimentos em infraestrutura, com concessões, privatizações, o que demanda um ambiente de maior confiança, que passa pela pacificação da política. O atual ambiente político desestimula até investimentos empresariais domésticos, fora a atração do capital externo. Para se obter maior confiança também é preciso estabelecer regras que deem segurança para quem for investir na infraestrutura, com novos marcos regulatórios, como no saneamento, além de retomar a agenda de reformas e propostas que reafirmem o compromisso com o ajuste fiscal.

Blog do Leonardo: Qual é a sua opinião sobre a atuação da atual equipe econômica?
Denise Campos de Toledo: Ainda vacilam em alguns pontos até pelo inesperado da situação. Tiveram de alterar completamente o foco da política econômica. Não conseguiram vencer todas as questões operacionais. E ainda precisam estabelecer posições mais realistas tanto no combate aos impactos da pandemia como nas condições de retomada.

Denise Campos de Toledo. Reprodução: Reprodução

Blog do Leonardo: Você teve passagem no jornal O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, na Rádio Eldorado, também pela TV Cultura, Rede Manchete, AOL e Rede TV. Para você o que você leva de bom dessa sua trajetória?
Denise Campos de Toledo: Experiência. Veículos diferentes, linguagens diferentes, desafios pessoais e profissionais.

Blog do Leonardo: Em 1987, você ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo pela série de matérias “Diga Não ao Leão”, que levou o governo a alterar as regras de tributação da declaração do imposto de renda daquele ano. Como que foi isso para você?
Denise Campos de Toledo: O Prêmio Esso foi uma excelente surpresa. Estava muito no começo da profissão. Talvez na época não tenha avaliado muito bem. Era uma equipe trabalhando por uma causa popular e o prêmio maior foi o governo ter alterado as regras do imposto de renda. O prêmio foi o reconhecimento desse trabalho 

Blog do Leonardo: Por fim, o que você espera do futuro? Existe ainda algum sonho dentro do jornalismo e até na economia que você ainda não realizou?
Denise Campos de Toledo: Minha carreira foi acontecendo, oportunidades surgindo ou eu indo atrás quando tinha alguma dificuldades. Enfrentei a quebra da Manchetes, várias mudanças de direção de jornalismo, em várias empresas. Tive problemas com chefias, o que é bem comum. Nunca encarei como sonhos. É trabalho, desafio, que muitas vezes envolve também questões pessoais. Sigo tentando fazer e conseguir o melhor, com ética e profissionalismo.