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Andrei Kampff: "Uma rotina diferente, e que tem me deixado muito animado"

Andrei Kampff de Melo, conhecido apenas como Andrei Kampff nasceu em Porto Alegre (RS) no ano de 1974. É formado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs/RS) e em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS).

Reprodução: Portal dos Jornalistas

Começou a carreira em 1992 na rádio Guaíba quando tinha dezoito anos de idade, cobrindo as eleições para prefeito de Porto Alegre. Depois, estagiou durante seis meses na TVE.
Em 1993, entrou na RBS TV como estagiário.  Após um ano e oito meses, virou repórter da emissora. Também apresentou os programas RBS Esporte e Lance Final.
No ano de 2003, foi para a Rede Globo Nordeste, em Pernambuco, e em 2005 transferiu-se para a sede da emissora de São Paulo, onde era repórter especial e apresentado tanto do Globo Esporte local quando para do Globo Esporte na rede nacional. Também fez o boletim Esporte Cidade na rádio Cidade FM, apenas para a cidade de Porto Alegre.
Hoje trabalha como comentarista do Dazn, em seu escritório de direito e no portal Lei em Campo. É casado com a jornalista Marcela Rafael.

Blog do Leonardo: Andrei a primeira pergunta que eu queria fazer é sobre a TV Globo. Como que está sendo após está tua saída?
Andrei Kampff: Uma rotina diferente, e que tem me deixado muito animado. Hoje tenho 3 frentes de trabalho. Meu escritório de direito, o Dazn e o portal Lei em Campo. Cada um me exige de um jeito diferente, o que me faz aprender diariamente.

Blog do Leonardo: E qual é a bagagem que você levou da TV Globo?
Andrei Kampff: Foram 25 anos. Muito do que sei devo ao trabalho que exerci lá por tanto tempo. Principalmente a essência do jornalismo, que é informar com responsabilidade. Mas hoje os veículos que trabalho tem linguagem diferente, minha função é outra, e o trabalho passa a ser novo e desafiador.

Blog do Leonardo: Como que é trabalhar em uma plataforma de streaming, como o Dazn?
Andrei Kampff: Ótimo. Eu, Dudu Monsanto e Leandro Mamute começamos nesse projeto ainda antes da empresa se instalar no Brasil. Ser pioneiro nesse projeto pioneiro nos dá um orgulho, mas também nos traz uma responsabilidade gigante.

Blog do Leonardo: O que você acha que vai ser dos estaduais que, em sua grande maioria, estavam nas fases finais?
Andrei Kampff: Vão encontrar datas pra eles. A CBF tem um compromisso político com as Federações.

Blog do Leonardo: Você acha que a CBF fez o certo de suspender as partidas nacionais?
Andrei Kampff: Não tinha outra atitude possível.

Blog do Leonardo: Mudando de futebol para a saúde, por um instante, na sua opinião o Brasil acerta nas medidas contra o Coronavirus e o que você acha da COVID-19 (Coronavirus)?
Andrei Kampff: Uma crise de saúde pública nunca antes vivida. É hora de todos fazerem a sua parte e cuidarem do próximo, evitando convívio social.

Blog do Leonardo: Ainda em um tema sobre a saúde, por mais um tempo, mas como a crise está afetando sua rotina?
Andrei Kampff: Mudou completamente. Não tenho viajado pra comentar jogos, não renhido ao escritório. Fico em casa com a Marcela e meus filhos o tempo inteiro. Trabalho em casa, com celular e computador, e ajudo meus filhos, cozinho, cuido da mesa, lavo louça. Só saio para supermercado.

Blog do Leonardo: Você pode explicar o seu trabalho no 'Lei Em Campo'? Você também tem um blog no UOL, o que você fala lá?
Andrei Kampff: Além de jornalista sou advogado. O Lei em Campo é uma plataforma jornalística de conteúdo jurídico-desportivo. Junto minhas duas formações nesse projeto.

Blog do Leonardo: Como você vê o mercado de jornalismo esportivo para daqui a alguns anos?
Andrei Kampff: Crescendo. Com o streaming os leques de transmissao aumentarão, e mais gente trabalhará nessa área.

Blog do Leonardo: O que você acha sobre a prisão do Ronaldinho Gaúcho no Paraguai? Você acredita que ele tenha cometido crime?
Andrei Kampff: Não sei. É preciso investigar. Qualquer posição é irresponsabilidade nessa hora. Torço para que ele não esteja envolvido em nenhuma dessas acusações.

Clientes podem confirmar cheques no App BB

O Banco do Brasil (BB) inova mais uma vez ao disponibilizar, para seus clientes, o reconhecimento da emissão de cheque pelo App BB. A solução digital pode ser utilizada para os cheques emitidos a partir de R$ 3 mil e abaixo disso se apresentarem ocorrência (erros no cheque), como cheque não pertencente à conta, suspeita de fraude, imagem em desacordo etc.

Em outras palavras, se o cliente não reconhecer a emissão de um cheque ele pode registrar contraordem pelo aplicativo, sem necessidade de entrar em contato com sua agência de relacionamento.

Reprodução: Agência Brasil

“A solução digital do BB traz segurança e comodidade para nossos clientes que utilizam cheque. Isso porque eles têm a possibilidade de reconhecer o documento diretamente do celular, sem sair de casa ou do trabalho”, afirma Mauro Ribeiro Neto, vice-presidente Corporativo do Banco do Brasil. “Essa ação demonstra que atuamos buscando praticidade, seja qual for o meio de pagamento escolhido”, completa.

Apesar do uso cada vez maior das soluções digitais, em todo Sistema Financeiro Nacional, somente em 2019, foram compensados em média 32 milhões de cheques por mês.

PVC: ''Informação é a coisa mais moderna que existe no mundo''

A sua atuação como comentarista de futebol é marcada pelo conhecimento tático, além de uma memória apurada com a qual faz frequentes citações a times do passado e acesso a informações dos bastidores, obtidas através de uma rotina diária de telefonemas a informantes locais.

Reprodução: Instagram @pauloviniciuscoelho/Veja

Este é o entrevistado da vez, ele é Paulo Vinicius Coelho, o PVC, concedeu ao blog esta entrevista que mostra mais sobre este grande jornalista esportivo que teve passagens, em sua carreira, por 'Placar', 'Lance!', 'Folha de S. Paulo', 'O Estado de S. Paulo', 'ESPN', 'Fox Sports', 'Rádio Globo/CBN', teve um blog no Uol e hoje está no Grupo Globo, desde já agradecemos pela entrevista.

Reprodução: Fox Sports/Torcedores.com

Nesta entrevista, PVC, não foge de nenhum assunto, mostrando sua versalidade jornalistica, vista também nas suas atuações na mídia, então sem mais delonga, confira esta entrevista que, mais uma vez, orgulhosamente fazemos com mais uma figura do jornalismo brasileiro:

Blog do LeonardoÉ... PVC, a primeira pergunta que queria fazer para você, é sobre um texto que o Mauro Cezar, em setembro de 2008, escreveu no site da Espn, que era assim ó: ''Conhecemos-nos em 1991, quando eu era repórter de O Dia e comecei a fazer alguns frilas para Placar. (...) Certa vez Paulo foi ao Rio de Janeiro e aproveitamos para conversar pessoalmente depois de muitos papos telefônicos sobre jornalismo e futebol, naturalmente.'' Minha pergunta que, eu queria fazer para você é, como é esta sua relação, que foi este começo de relação com o Mauro Cezar?
PVCDesta relação com o Mauro Cezar, você tá falando? Foi do jeito que ele falou, eu comecei a pauta, a repórter do O Dia era Marta Esteves, a repórter do Placar no Rio era Márcia Esteves, em 91, plena 91 a Márcia tirou ferias e aí, o Mauro começou a fazer, então eu pautava algumas coisas, em 92 eu vim pro Rio e a gente foi almoça e depois ele foi morar em São Paulo e aí ficou amigo.
Blog do Leonardo: É, deixa eu te perguntar, eu tava vendo, é que parece que o Trajano também e muita gente como o Mauro Cezar, muita gente te conheceu no começo, antes de entrar na tv, como que foi esse teu inicio, em questão de mídia televisiva?
PVC: Em televisão? Eu tinha, eu entrei na Espn bem antes do Mauro, eu tinha uma coluna no diário Lance, o Trajano lia minha coluna, gostava dos meus textos e me convidou para fazer, faze, comentar na Copa da África e nos programas, em 99 para 2000.

PVC
Reprodução: Divulgação/FOX Sports/ Torcedores.com

Blog do LeonardoÉ, o PVC, mudando, mas falando ainda de Copa, eu acho que isso você já deve ter respondido várias vezes sobre o Felipe Melo, sobre aquela cena que ficou meio que icônica é daquela, você é jornalista, você é jogador. Como que foi, pra você, porque muitos já perguntaram o que aconteceu, mas como foi para você depois disso aí tudo?
PVCAquele episódio, pra mim, ele é um episódio que mostra muito como temos vivido num cenário equivocado, em que se acha que jornalismo é celebridade, naquele episódio eu foi, na minha opinião, criticado pelo meu acerto e elogiado pelo meu erro, ás pessoas falavam assim: ''a mais você perguntou isso para ele, bem no dia da convocação?'' Claro, a pergunta foi sobre a temporada dele e o que dizia para quem criticava a convocação, pra justificar que ele ia fazer uma boa Copa do Mundo, a pergunta era absolutamente jornalistica, aí ele não entendeu a pergunta e me agrediu e eu devolvi a agressão e aí eu to errado e depois disso as pessoas falam: ''a muito bem, você falou e aí você é jogador?'' eu tava errado, eu não posso ser elogiado pelo meu erro e as pessoas me criticavam pelo meu erro e a pergunta era um acerto, é entender o que é o jornalista, mas aquela história morreu no mesmo dia e no dia seguinte, de manhã, conversei com o Felipe Melo e tava tudo bem.

Reprodução: Lance/Twitter

Blog do Leonardo: E falando nisso, é em relação, é muito do que se leu, até tem uma matéria que a revista Piauí, fez falando que o Cuca é tinha dito assim ''eu fico p*** com o PVC'' e continua “ele mostra o jogo'' e aí o Cuca admite que gosta de você e tudo, mas é, pra você, como que é ouvir isso de um técnico, então era do Botafogo, mas com certeza não só ele, mas muitos outros técnicos, vem essa sua, vamos dizer, diferença, entre você e alguns outros jornalistas, você consegue ver a parte tática do jogo e poder passar isso para as pessoas, para o público em massa, vamos dizer assim.
PVC: Eu não lembro do Cuca disse, você leu ele ficar puto comigo? A o, é a matéria da Piauí, tá, em 2007, 2008, comecinho de 2008, pra mim foi um dos maiores elogios que recebi na minha carreira foi o Cuca num dia que liguei para ele e ele falou, pó tomei mo bronca do cuquinha, ele falou que você viu o jogo inteiro, que eu falei com você, eu não falei com ele, aí o cuquinha falou assim, ''claro que falou, tá aqui o jogo igualzinho o que vai ser'' para mim é um orgulho, para mim é um orgulho que as pessoas olhem para mim e achem que eu to vendo bem o jogo, ah, gosto de ter esta percepção, não é que vou sempre bem, um dia tá vendo melhor ou pior, enfim acontece.
Blog do Leonardo: É ainda falando, focando nisso é, nesse mesmo texto, mais para baixo fala de uma nova geração, que você faz parte desta nova geração de, que busca informação, de que, faz um trabalho jornalistico, não como, vamos se dizer assim, a geração anterior romântica, que é o que o próprio site coloca, é para você, como que é, essa questão de, de informação, de poder mostra para as pessoas que acompanham o esporte, um pouco, vamos dizer assim, desvendar o que os técnicos fazem, vamos dizer assim.

Reprodução: Super FC

PVC: O que eu acho, que a gente esta num período, que as pessoas estão achando que jornalismo é dar opinião, é dizer, eu acho isso ou é fazer a critica pela critica e eu não acredito nisso, eu acredito na informação, inclusive como base da sua opinião, se eu parti de uma premissa errada, se eu partir de uma opinião errada, se eu partir de uma informação errada, melhor dizendo, a minha opinião tem grande chance de estar baseada em areia movediça, e de ela não se sustentar, vou dar um exemplo, outro dia alguém escreveu que o Marcelo tinha que ser testado no meio campo e não entende o porque o Tite não testou e o Tite dizia que depois que, durante a Copa do Mundo, que o Tite dizia que estava na frente do tempo para testar o Marcelo no meio do campo e perguntou o porque o Marcelo não foi testado depois da Copa então? É que o Marcelo foi convocado duas vezes e nas duas ele estava machucado e não pode atender a convocação, não tinha como testar, então se você não tiver informação, a chance de você dar uma opinião que não se sustenta, é enorme, hu, neste momento que a gente está tão baseado em opinião e eu acho que, para mim a coisa mais moderna que existe no mundo é informação, informação é fundamental até para usar este celular que alguém fez e desenvolveu o celular com base na informação que ele tinha para isso, informação é a coisa mais moderna que existe no mundo.
Blog do Leonardo: O PVC eu vi...também, ainda nesta, continuando na revista Piauí, tem uma parte que fala assim, deixa eu pegar aqui para você, han ''em São Paulo, antes de entrar numa sala apinhada de alunos de jornalismo que, excitados, o esperavam como se ele fosse um Robinho, um homem o cutucou e soltou o comentário de praxe: “Você tem uma memória extraordinária, né? Muita leitura…” PVC sorriu meio sem jeito: “É, eu leio bastante. Mas tem um pouco de trabalho também'', como você analisaria essa, essa frase num todo?

Reprodução: Divulgação

PVC: Quando a gente tenta fazer jornalismo, quando entrei no curso, o curso abriu em 81 e sou jornalista desde 87, mas o Carlos Maranhão custava a dizer que ''a gente é 90% transpiração e 10% inspiração'', eu sou 100% transpiração, é, é, é transpiração, é trabalhar, se não trabalhar não tem, trabalhar é dia a dia, é lé, é pesquisar, é pensar, e respeita, é achar uma folha que responde a sua pergunta, é se questionar de alguma coisa e tentar ter a resposta, é instigar a si próprio.
Blog do Leonardo: É PVC, continuando nesta linha, para você, hoje a gente tá numa era, como você disse, de informação, de opinião, de tecnologia, como que você vê está questão de internet e a ''facilidade'', vamos se dizer assim, de notícia, porque hoje é muito fácil, você saber, do mesmo jeito que to falando com você, posso tá falando com outras pessoas, transmitindo muito rápido uma notícia. O que você vê sobre esse cenário, geral?
PVC: Não entendi sua pergunta.
Blog do Leonardo: Assim, no sentindo de, como você tava falando do jornalismo ser algo preciso e vê e procurar informação, para você, hoje, é, como que é essa questão de informação para trazer uma boa informação, uma boa analise, um bom, bom, uma boa escalação, mostra ó fulano 'x' fez isso, fulano 'y' fez aquilo, que pode, mudar um pouco o jogo, porque o, o que acontece esca..., é, taticamente ainda influencia, mesmo sendo imprevisível, é, como que é para você, essa questão da rápida informação, no sentindo de que, você tem que dar uma informação certa, porque o jornalismo é muito isso, só que bem precisa e rápida. Como que é isso para você?
PVC: Você tem que ter fonte, você tem que saber para quem telefonar para checar uma informação, você tem que saber para quem telefonar para ter uma informação, é bom usar arquivo para checar informação. Informação é, é, é, jornalismo é checar, rechecar e ter responsabilidade no que vai publicar.
Blog do Leonardo: E falando em questão que, de que muito você é elogiado pela questão de checagem, de memória, acho que é o Trajano, não vou me lembrar bem, dentro de um outro texto, na pesquisa que foi fazer para essa entrevista, eu vi que parece, não vou me lembrar, acho que na época do 'Placar!', você falava sobre um texto que o cara, que, a pessoa que tá lá que não vou lembrar que tá lá, que não vou lembrar quem é
PVC: Sérgio Martins
Blog do Leonardo: Acho que é, que falava que você falava, por exemplo, um time ou algum jogador, ele fala não checa, checa de novo para ter certeza, como que foi, para você, esta questão de você saber e você ter que checar?
PVC: Isso é todo o dia, isso é todo o dia, você erra quando você confia que você sabe, então é bom sempre checar, mesmo em coisas que você tem absoluta certeza.
Blog do Leonardo: É, continuando nessa questão, o que, vamos se dizer assim...
PVC: Isso eu aprendi com o Sérgio Martins
Blog do Leonardo: É, qual que é o ''legado'', vamos se dizer assim, da 'Placar!' e de onde você passou, para hoje na Fox*, o que você usa de bagagem, vamos dizer assim, que você adquiriu?
PVC: Cara, a gente é, o que a gente fez, né? Cada dia que você que você viveu, você aprendeu uma coisa. 'Placar' me ensinou a escrever, a procurar uma, a procurar uma visão diferente para escrever, procurar não escrever sobre o que tá tudo mundo vendo. O jornal me ensinou a ter lead, saber claramente sobre o que eu vou escrever e jornalismo, em televisão ou em rádio ou em jornal ou em, é contar uma história. Quanto mais conhecimento você tiver, melhor vai ser a sua história, vou mandar uma matéria de buracos de rua e eu souber que aquele buraco tem 2 centímetros por 5 de profundidade, mas que ele nasceu com 1 centímetro quando passou um caminhão e que naquele lugar passam 100 caminhões por dia, mais rica vai ficar a matéria. 'Placar!' me deu muito a felicidade, foi muito, foi muito bom para a minha formação, porque eu tinha tempo de escrever e rescrever o texto, de perceber, ao fazer o texto, que uma informação que não tinha precisava tá no texto e aí você tem a condição de ligar de novo e pedir outra, conseguir apurar aquela informação.

Reprodução: Instagram @pauloviniciuscoelho

Blog do Leonardo: É continuando nessa é, você é, falando em 'Placar!', você ainda tem relação com o pessoal da 'Placar!' ou não, você acabou perdendo?
PVC: Tenho, com quem trabalhei lá? Celso Séltion trabalhou comigo na 'Placar!', Mauro Cezar trabalhou comigo na 'Placar!', han, Sérgio Martins morreu, Dude Americano morreu, han, com algumas pessoas que trabalharam comigo, sim! Tenho relação. Sérgio Xavier trabalhou comigo em 'Placar!' mais tarde, han, Sergio Ruiz Luz trabalhou comigo em 'Placar!', mais tarde. Tenho contato com Marcelo Duarte trabalhou comigo em 'Placar!' mais tarde, eu conheço, com todas essa pessoas que trabalharam comigo eu tenho contato.

*PVC já não está mais no Fox Sports, ele saiu em 21 de janeiro deste ano (hoje está no Grupo Globo), sendo que a entrevista foi feito um tempo antes de sua saída, que foi feito em 15 de julho de 2019.

Maurício Noriega: ''Aprendi muito em todos os lugares onde trabalhei. Em alguns fui mais feliz e me diverti mais do que em outros, o que é normal''

Maurício Galizia Noriega, conhecido como apenas Maurício Noriega, é um jornalista esportivo brasileiro filho do ex-narrador esportivo Luiz Noriega.



Atualmente é comentarista e apresentador do canal de esportes SporTV, da Rede Globo, ambos os canais pertencentes ao Grupo Globo que falou com o blog, nesta ótima entrevista, desde de já o blog agradece a disponibilidade, então curte aí:

Blog do Leonardo: Uma das coisas que mais foi assunto no cenário do debate público, entre tantas coisas, foi a suspensão de partidas de diversas modalidades. O que você acha disso?
Maurício Noriega: A suspensão foi uma medida absolutamente necessária e tomada na hora certa. Sabe-se hoje que um jogo de futebol com público de 40 mil pessoas foi um dos responsáveis pela disseminação do coronavírus na Itália. Imagine o que poderia acontecer no Maracanã, no Castelão, no Beira-Rio, num ginásio lotado? Além disso, porque expor os atletas ao contágio? Eles não são imunes.

Blog do Leonardo: O que você acha que vai ser dos estaduais que, em sua grande maioria, estavam nas fases finais?
Maurício Noriega: Tudo depende de quando os jogos vão retornar. Certamente vai faltar tempo e alguns estaduais podem ser encerrados sem ter um campeão definido.

Blog do Leonardo: Você acha que a CBF fez o certo de suspender as partidas nacionais?
Maurício Noriega: Sim - O futebol não é um mundo paralelo. Deve ser incluído nas medidas de isolamento social.

Blog do Leonardo: Mudando de futebol para a saúde, por um instante, na sua opinião o Brasil acerta nas medidas contra o Coronavirus e o que você acha da COVID-19 (Coronavirus)?
Maurício Noriega: Não sou da área. Ciência e medicina são coisas muito complexas e não me meto nisso. Apenas sigo as orientações dos especialistas. Sobre a pandemia, eu tenho uma visão muito particular. Acho que somos inquilinos em um planeta maravilhoso, mas estamos maltratando demais a Mãe Natureza e ela tem dado alguns avisos muito duros. Espero que saibamos ouvir e não cheguemos ao ponto de destruir nossa única casa.

Blog do Leonardo: Você vê muita diferença entre o futebol praticado dentro e fora de campo no Brasil para com o resto do mundo?
Maurício Noriega: Há uma diferença muito grande em relação à Champions League e à Premier League, onde atuam os maiores jogadores do mundo, muitos deles brasileiros. Economicamente é impossível para um clube brasileiro competir com os europeus, inclusive até alguns times médios daquele continente e outros da China têm mais poderio econômico.

Blog do Leonardo: O SporTV criou o "Faixa Especial" que está reprisando de uma forma muito legal jogos antigos, principalmente de edições da Copa do Mundo, com narrações atuais. Como que tá sendo está experiência para você?
Maurício Noriega: Muito interessante. Acredito que seja uma forma de desanuviar e manter a relação com nosso público. Também pode ser a primeira vez que algumas pessoas estarão vendo determinados jogos e outros vão rever emoções e momentos marcantes. Acho que a Faixa Especial veio para ficar.

Blog do Leonardo: Você é ex-atleta de voleibol dos clubes Paulistano, Pinheiros e Banespa. Conta está história?
Maurício Noriega: Já faz muito tempo. Joguei competitivamente do mirim até o juvenil, inclusive no Banespa já ganhava dinheiro. Fui um bom jogador até o infanto-juvenil. Depois disso, apenas esforçado, nada mais do que isso. Nunca fui craque e por não ser muito alto eu sabia que tinha uma limitação. Fiz muitos amigos, me diverti e aprendi muito da rotina de atleta, treinamento, repetição, tática no voleibol, um esporte que sigo até hoje, mas não pratico. Hoje jogo futebol de vez em quando e muito beach tênis, uma nova paixão que descobri há um ano e meio.

Blog do Leonardo: Você ganhou o prêmio Ford/Aceesp de melhor comentarista esportivo por seis vezes, em 2005, 2006, 2007, 2010, 2011 e 2015. Como é isso? Existe alguma história deste ou de outros prêmios que te marcou?
Maurício Noriega: Todo reconhecimento é importante, mas numa dessas premiações meu saudoso pai, Luiz Noriega, um dos maiores narradores esportivos do Brasil, também foi homenageado. Foi um dos dias mais felizes e emocionantes da minha vida.

Blog do Leonardo: Como que é ter passagens por veículos importantes do jornalismo brasileiro, como Folha da Tarde, A Gazeta Esportiva, Diário Popular, Lance!, SportsJá!, Rádio Bandeirantes e o SporTV? E você também colaborou com veículos internacionais, como "El Heraldo de México" e TVs da Austrália e Argentina, como é isso?
Maurício Noriega: Aprendi muito em todos os lugares onde trabalhei. Em alguns fui mais feliz e me diverti mais do que em outros, o que é normal. Guardo ensinamentos de todos os lugares em que trabalhei, mas tenho lembranças muito bonitas do Diário Popular, da Gazeta Esportiva e do SportsJÁ! Foram períodos muito bons profissionalmente e muito legais pessoalmente.

Blog do Leonardo: Como o SporTV e o Grupo Globo entrou na sua vida? E conta uma história que te marcou no SporTV?
Maurício Noriega: Comecei a trabalhar para o SporTV graças à indicação de um grande e querido amigo, o jornalista João Henrique Pugliese. Havíamos trabalhado juntos na Gazeta Esportiva e quando ele soube que o SportsJÁ! (um maravilhoso projeto de site esportivo que montei a parte editorial foi interrompido quando estourou a primeira bolha da Internet, em 2001) tinha fechado, me indicou para alguns trabalhos como produtor e repórter free-lancer. Fiz 20 programas para o SporTV no final de 2001 e começo de 2002 e plantei um relacionamento. Alguns meses antes da Copa do Mundo de 2002 me chamaram para atuar novamente na produção da Copa e na edição de textos. Fui contratado como editor de texto após a Copa, mas aí outro querido amigo, Daniel de Paula, que era comentarista, me indicou para um teste como comentarista. Fui aprovado pelo saudoso Paschoal Filho e estreei no segundo semestre de 2002, num União de Araras x Caxias, com narração de meu amigo Eduardo Moreno. Um dos momentos marcantes no SporTV, e foram muitos, foi na Euro de 2012, na Polônia e na Ucrânia. Eu e Milton Leite pegamos um vôo de Varsóvia para Gdansk, para uma transmissão. Gdansk foi o berço do Sindicato Solidariedade, do líder Lech Walesa, responsável direto pelo fim da União Soviética. Quando o avião estava para pousar, a comissária de bordo fez o anúncio tradicional e se posicionou em frente a uma poltrona, olhando para um passageiro e dizendo: "em instantes pousaremos no aeroporto Lech Walesa". À frente dela estava sentado o próprio Lech Walesa, que já tinha sido até presidente da Polônia. Foi surreal pousar num aeroporto com o nome de um grande personagem da história com o próprio à bordo.

"Absurdo um presidente estar ciúmes do seu subordinado" diz senador bahiano

O senador Angelo Coronel (PSD - BA) criticou o presidente Jair Bolsonaro dizendo que é "absurdo um presidente estar ciúmes do seu subordinado."

"Antes era com Moro e agora o Mandetta" disse ainda, ao blog, o senador bahiano comparando o que acontece com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta com o que já houve com o também ministro Sérgio Moro, que comanda a pasta da Justiça e Segurança Pública.

Leia o que o senador Angelo Coronel (PSD - BA) disse ao blog:
"Absurdo um presidente estar ciúmes do seu subordinado. Antes era com Moro e agora o Mandetta."

Jair Bolsonaro critica união de Doria e Lula: ‘Estou com vergonha dessa aproximação’

Por rádio 'Jovem Pan'

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista exclusiva ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta quinta-feira (2), que ficou com vergonha da aproximação do governador de São Paulo, João Doria, e do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.

“Pelo amor de Deus, estou com vergonha dessa aproximação aí. Ficou ridículo. Mas pelo menos a máscara caiu”, disse Bolsonaro. Ele devolveu as críticas de Doria à resposta do Governo Federal à crise do coronavírus e disse que o governador já começou a campanha para a eleição presidencial de 2022.



Pelo Twitter, Lula apoiou Doria nas ações do governo de São Paulo contra a pandemia. Em resposta, também pelo Twitter, o governador agradeceu ao ex-presidente e disse que o momento não era de “expor discordâncias”.


Fábio Porchat e Kaká são os convidados da live com Alê Oliveira nesta sexta, 03 de abril

Nesta sexta, dia 03 de abril, é dia de "Quarentena do Alê" com convidados especiais. A resenha que começa às 13h ao vivo na redes sociais do Esporte Interativo, contará com a participação do ex-jogador Kaká e do comediante e apresentador Fábio Porchat, que promete boas histórias e muita diversão para começar o #sextouemcasa em grande estilo.


A live mais divertida desta sexta-feira, dia 3 de abril, começa às 13h no Facebook do Esporte Interativo e no canal do Youtube do programa "De Sola".

Facebook Esporte Interativo

Deputado mineiro concorda com presidente Bolsonaro

O deputado Lucas Gonzalez (Novo-MG), em um post no Twitter disse que ''concordo com (o presidente) Jair Bolsonaro''.

O deputado ainda disse ''que estamos diante do maior desafio da nossa geração'' e também disse que ele tem ''convicção que juntos venceremos!''
''Pronunciamento na medida, demonstrando solidariedade, necessidade de união e foco em salvar vidas e preservar empregos!'' ainda o deputado disse, completando com ''Deus abençoe nosso amado Brasil''.

Ulisses Neto: ''Viver em Londres, para mim é um sonho, na verdade''

Ulisses Gomes da Rocha Neto, ou Ulisses Neto como é conhecido, recebeu certificação em 2002 em Digital Vídeo pelo Senac (São Paulo-SP). Graduou-se em Comunicação Social – Jornalismo, pela Centro Universitário – UniFIAM-FAAM, do Grupo FMU, São Paulo, em 2006. Concluiu em 2008 o Journalism 2.0 pela universidade Knight Center for Journalism / University of Texas, Austin/USA. Na mesma instituição de ensino obteve em 2010 o certificado CAR (Computer-Assisted Reporting). Em 2015, concluiu o curso Documentary and Factual Filmmaking na City University London.
Começou no jornalismo em 2002 como roteirista para filmes corporativos de companhias como General Motors, Telefônica, Pfizer, Nestlé, Santander, pela RN Brasil Produções. Ficou lá por oito anos, até janeiro de 2010. De janeiro de 2002 a novembro 2004 acumulou atividades como editor e assistente de direção de filmes corporativos e programas de TV, pela URP Filmes.
Atuou como estagiário em janeiro de 2004, no Programa Pequenas Empresas Grandes Negócios, trabalhando pela produtora GTEC.
A trajetória na Jovem Pan teve início em março de 2005. Ficou na emissora até novembro de 2010, em São Paulo, período em que assumiu várias atividades. Foi repórter na Editoria Internacional fazendo a cobertura diária do noticiário político e econômico internacional; editor com a coordenação e fechamento do Jornal Jovem Pan; editor e redator do blog Mundo, e ainda apresentador do site Jovem Pan Online.
Ulisses mudou-se para Londres em novembro de 2010. De lá atende como correspondente a rádio Jovem Pan e o portal Terra Networks. Também é colaborador da revista GQ e produz conteúdo para veículos ingleses e brasileiros por meio da produtora Maracanã Media.

E como o próprio Ulisses adianta no seu portfólio as contribuições para emissoras para emissoras sempre agregam vários dial(s). Na atuação dele estão a Guaíba (RS), Senado (DF), Itatiaia (MG), Mitre (Argentina), RNV (Venezuela) e Caracol (Colômbia).
Foi correspondente da Radio France Internationale, RFI, entre junho de 2011 e março de 2014, como colaborador do serviço português, a partir de Londres, Reino Unido.
A partir de janeiro de 2015, com a cobertura do noticiário britânico é correspondente colaborador na capital inglesa para o Jornal da Manhã da rádio Jovem Pan.
Mantém o blog Cheers, London que inaugurou na fase em que chegou em Londres e explicou “descobrindo o verdadeiro significado da palavra “expatriado””. Escreve sobre suas andanças pela Europa e sobre a cidade londrina, o que faz lembrar da frase de Samuel Johson (em 1777) “Quando o homem está cansado de Londres, ele está cansado da vida…” E brinda a cidade inglesa com um “Londres, je t’aime!”



Blog do Leonardo: Como você acha que o Reino Unido está contornando a crise?
Ulisses Neto: Então o Reino Unido, desde o início, entendeu qual é o tamanho do problema. O primeiro-ministro vinha a televisão diariamente falar sobre a situação, mas há uma controvérsias em relação a tomadas de decisões, sobre o confinamento, restrição de circulação de pessoas, distanciamento social, porque num primeiro instante, o governo apostou na ideia de imunidade de rebanho, ou seja, deixar o vírus circular pela sociedade, para que um grande número de pessoas contamina-se, assim também desenvolvesse imunidade em relação o vírus. O problema é que o número de contaminados começou a crescer muito e o sistema de saúde foi chegando perto de um momento de colapso, por isso as medidas de distanciamento social foram anunciadas aqui, há mais ou menos uma semana e meia assim e esta tem sido a principal ação para tentar conter o avanço do vírus, mas é claro que ao mesmo tempo o governo está investido nos hospitais de campanha, vai faz uma aqui com 4 mil leitos na cidade de Londres, também está fazendo outros hospitais de campanha no interior do país. A principal critica, hoje, a atuação do governo sobre equipamentos de proteção para as equipes de saúde pública e hoje já, 1 em cada 4 médicos ou enfermeiros, né? Profissionais de saúde do SUS britânico, que se chama NHS, estão contaminados com o Coronavírus e por isso, estão afastados do trabalho e estão faltando mascaras, equipamentos de proteção em geral e essa tendo sido a principal crítica, além da falta de testes, os testes em massa já deveriam ter começado por aqui e ainda não começaram, nem para os profissionais de saúde também, então, essa tem sido a principal, as principais criticas a atuação do governo britânico. Eu acho que, de certa forma, eles tem agido bem, demonstraram interesse em proteger socialmente a população, não é? Com pacotes de ajuda econômica bastante robustos, que vão chegar aí a quase 20% do PIB britânico, então nesse aspecto o governo me parece que está fazendo um bom trabalho sim.

Blog do Leonardo: Qual é a sua opinião em relação ao posicionamento do primeiro-ministro Boris Johnson sobre o novo Coronavírus (COVID-19)?
Ulisses Neto: Então, desde o inicio ele reconheceu que a crise é muito grave, que seria um desafio enorme para a sociedade e que as medidas certa deveriam ser tomadas na hora certa, então eu acho que nesta crise especifico o Boris Johnson tem ido muito bem, tem feito o que é necessário. Agora, é claro que o país tem suas restrições econômicas, tem suas restrições de logísticas também e nem tudo tá indo, conforme o planejado, no combate a esta crise, mas de modo geral, eu acho que ele tem tido uma postura bastante responsável e coerente com a urgência do momento. Sobre este fato de ele ter demorado para determinar o confinamento aqui, a gente tem que entender que o Boris Johnson faz parte de uma corrente ideológica libertária, em que a presença do estado tem que ser cada vez menor, em que ele acredita também que o cidadão tem que, o individuo tem que ter o poder de decidir o que é melhor para ele, então ele apostou muito nisso, que as pessoas saberiam entender a gravidade do momento e ficariam em casa, o que se provou equivocada e foi necessário endurecer as regras, mas no geral eu acho que ele tá tendo uma atuação satisfatória, digna de um chefe de estado.

Blog do Leonardo: Como é o sistema de saúde pública na Inglaterra?
Ulisses Neto: Este é um tema complexo, o SUS britânico, que se chama NHS, como eu disse, ele é muito bom, no geral, ele é o maior empregador da Europa, tem 1,3 milhão, 1 milhão e 300 mil funcionários hoje, esse número vai aumentar, claro, durante a crise, mas é o maior empregador da Europa, tem uma rede espalhado por toda a Grã-Bretanha, os 4 países, não é? Do Reino Unido da Grã-Bretanha e é um sistema que tá preparado para lidar com urgências, mas não desta gravidade, não é? Então o governo entendeu que vai precisar colocar mais dinheiro no NHS, vai precisar aumentar a estrutura para combater está crise, inclusive o NHS solicitou aí, um número grande de voluntários na sociedade aqui do Reino Unido, precisava inicialmente de 250 mil pessoas, nas primeiras 24 horas foram mais de 500 mil inscritos, então isso demonstra que o publico, em geral, aqui no Reino Unido tá comovido e realmente respeita muito o NHS, por isso todo mundo quer ajuda e ele é um simbolo aqui do país, é um simbolo da Inglaterra, então é um sistema muito respeitado por todos os britânicos.

Blog do Leonardo: Como você acha que o mundo vai sair dessa crise?
Ulisses Neto: Impossível dizer! Impossível dizer, porque os desdobramentos econômicos são radiciais, não é? As medidas de distanciamento social claramente chegaram para ficar durante um bom tempo, a gente não sabe quanto mais, mas imagino, que, até pelo menos, uma vacina ser desenvolvida e comercializada, ou seja, daqui 1 ano, 1 ano e meio, agora é claro, como foi dito aqui, pelo governo britânico, não significa que a gente vai passar este tempo todo com confinamento total, mas as regras de distanciamento social vão existe de alguma forma com restrições para fazer com que as pessoas não cheguem perto uma das outras, para que as pessoas fiquem mais tempo em casa, evitem aglomerações e por aí vai, então eu acho que a vida vai ser muito diferente quando ela for retomada a alguma normalidade, a gente não sabe nem quando isso vai acontecer, não é?

Blog do Leonardo: Como o mundo está vendo as ações tomadas pelo governo do Brasil e do presidente Bolsonaro?
Ulisses Neto: O Brasil já estava com uma imagem muito ruim a tempo, tá? É esse processo de detirionamento, deterioração, agora não sei como fala, mas de deterioração da imagem brasileira começou a época das organizações dos grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíada, né? Os eventos foram problemáticos e aí naquele momento a imagem do Brasil começou a ficar também deteriorada, depois disso, veio a crise econômica, crise política, melhor dizendo, seguindo pela crise econômica, ou a crise econômica que originou a crise política, como preferir, e desde de então a imagem do Brasil é péssima! Agora com Jair Bolsonaro é uma tragédia, hoje mesmo o próprio jornal britânico, 'The Guardian', que é um jornal com viés de centro-esquerda, publicou um editorial dizendo que até os traficantes de drogas no Brasil já entenderam a complexidade do problema, estão pedido para que as pessoas fiquem em casa ou ordenando que as pessoas fiquem em casa nas favelas e o presidente da republica ainda não conseguiu sacar isso, né? Tá dando ordens que são completamente controvérsias em relação ao que o resto do mundo tá fazendo. Então o mundo tá olhando abismado para o Jair Bolsonaro, para a situação do Brasil, mas é claro que também, ao mesmo tempo, as crises internas são gigantescas, né? Então a repercussão é limitada por causa disso, a Inglaterra tá preocupada com os problemas da Inglaterra nesse momento, a França com os problemas da França e por aí vai, mas quando se fala do Brasil, se fala das atrocidades que o presidente tem cometido nesta crise tão grave, que é a crise do Coronavírus.

Blog do Leonardo: O que você pensa da monarquia?
Ulisses Neto: Eu penso que, cara como um cidadão que mora aqui no Reino Unido, acho que ela é um simbolo importante para a vida britânica, acho que bastante curioso um país, no século 21, no ano de 2020 não elege o seu chefe de estado, mas acho que são, se dizer assim, crasias que a gente tem que respeitar, então eu acredito que os britânicos na sua maioria gostam e apoiam a monarquia e eu consigo entender o porque disso, eu acho que, principalmente, num momento de crise como essa, as pessoas procuram algum alento, procuram alguma coisa para manter a unidade e por ai vai e a família real exerce este papel, apesar de todas as suas polêmicas, né? Então acredito que é um negocio que funcione bem pro Reino Unido, porque é um país especifico que tem essa tradição e nutre esta tradição que existe também em outros lugares, é claro, né? Em tantos outros modelos, como por exemplo na Arábia Saudita, mas não dá para comparar a família real saudita ou nenhuma família real do Oriente Médio ao da britânica, porque lá eles mandam, lá eles tem influencia, tem influencia econômica, tem influencia política e aqui não é o caso, aqui é muito mais um simbolismo, por isso, no final das contas eu acho que os britânicos se dão bem com esta situação e eu como estrangeiro aqui, olho isso com respeito.

Blog do Leonardo: Como é viver em Londres?
Ulisses Neto: Viver em Londres, para mim é um sonho, na verdade, você tem acesso a tudo que é de melhor no mundo, desde o grão de café até um quadro do Rockley, por exemplo. Então a vida aqui ela tem um padrão muito elevado e as pessoas são tratadas com dignidade, com respeito, via de regra, não é? A gente não tem um problema tão grave de segurança pública aqui, quem mora aqui como quem mora no Brasil, acho que isso também é um ponto importante e também tem aquela questão de você pagar muito imposto né? Eu pago, por exemplo 40% de imposto de renda, pago imposto municipal, como todo mundo, distrital, melhor dizendo e são impostos muito altos, mas o retorno até que tá visível, né? Então acho que isso, faz com que morar em Londres seja uma experiência muito agradável, agora tem o lado ruim também, né? Que é você ser estrangeiro, morar longe de casa, longe de seus amigos, sabe, longe de sua família e por aí vai e também o fato de o clima não é dos mais agradáveis, né? Assim sempre nublado, o tempo fechado, poucos dias de sol, poucos dias de calor, isso tudo pesa também, mas, no geral, para mim, Londres, na minha opinião, porque eu gosto, porque eu procuro, Londres é a melhor cidade do mundo.

Blog do Leonardo: Como a crise afetou sua rotina?
Ulisses Neto: Afetou muito, o meu trabalho é basicamente é feito na rua, então não vou a escritório, normalmente eu trabalho em casa, mas quando eu to editando, quando estou escrevendo, mas o meu material, minha matéria-prima é na rua, eu tenho que tá filmando, tenho que está filmando com as pessoas, tenho que viajar e tudo isso acabou, né? Por enquanto, não sei quando isso vai voltar, então eu costumo a viajar 1 vez a cada 15 dias, por exemplo, não sei quando isso vai voltar a uma normalidade, afetou muito a minha vida, não sei nem se meu trabalho vai ser o mesmo quando isso acabar, se ainda vai ter ainda este tipo de trabalho que eu faço, ''finan closet'', como eles dizem aqui, dedos cruzados, vamos cruzar os dedos para que tudo acabe bem.

Blog do Leonardo: Como está a vida em Londres e no Reino Unido após o Coronavírus?
Ulisses Neto: Tá paralisada, tá em ''estende bay'', ninguém tá fazendo nada, só os trabalhadores essenciais nas ruas, a gente só sai para fazer compras e voltar para casa, só pode sair uma vez por dia para fazer exercício físico, mas ainda assim tem que ser no seu quarterão, no seu pedacinho ali, agora a policia está até abordando gente na rua, abordando gente no metro, nas avenidas, perguntando 'o que você está fazendo aqui? Volta para casa', então a vida aqui tá dura, tá complicada, mas com um certo alento de saber que o governo tá trabalho, que o governo vai da proteção social, vai dar dinheiro, vai segurar 'as pontas' de quem precisar, então isso também traz algum conforto nesse momento.

Blog do Leonardo: Como você vê a relação Brasil com o Reino Unido?
Ulisses Neto: È curioso, a relação do Brasil com o Reino Unido, comercialmente falando, sempre foi muito discreta, isso poderia mudar agora com o Brexit, mas até o Brexit a gente não sabe quando vai ser materializado de fato, quando, se aquele prazo 1 de janeiro de 2021, que seria para acabar a transição vai ser realmente respeitado, quando os britânicos vão começar a falar em acordos de livre comércio novamente, já estavam fazendo isso, mas agora com a crise vão ter que focar as energias em outra coisa, né? Então a relação dos dois países sempre foi muito tímida, muito aquém do que poderia ser, né? A gente pode dizer com algum conforto que o principal parceiro ou o país, não sei se parceiro, mas o país que o Brasil tem relação melhor aqui na Europa, é a França e não é o Reino Unido e os britânicos também não olham com muito interesse para a América Latina, não, isso é até meio que histórico, claro que oficialmente eles vão dizer que é um parceiro importante, que o Brasil isso e aquilo, mas na prática não sinto dessa maneira não, os britânicos tem laços com os países que eram mais ligados ao 'Império Britânico', então é evidente que os laços comerciais deles com os americanos, com a Europa, claro, né? Com a Ásia, com a Índia, com partes da África são mais importantes para eles, do que a relação com o Brasil, a relação com o Brasil sempre foi renegada a um segundo, terceiro escalão aqui no Reino Unido.