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João Palomino: "É alguém que tinha de falar. Tem muita coisa a dizer" diz ex-vice-presidente de jornalismo e produção da ESPN no Brasil

João Luís Carnelossi Palomino, conhecido apenas como João Palomino (Fernandópolis, 9 de outubro de 1965) é um jornalista, apresentador de televisão e locutor esportivo brasileiro.
Trabalhou nas TVs Manchete, Cultura e SBT. Esteve na ESPN Brasil desde a criação (1995), mas a partir de 1997, passou a dedicar integralmente ao canal.
Na ESPN Brasil, apresentou programas como Bate Bola, Bola da Vez e Linha de Passe, além de ter participado da cobertura das Olimpíadas de 1996, 2000, 2004, 2008 e 2012 e das Copas de 1998, 2006 e da 2010
Em 2008, Palomino estreou nas transmissões radiofônicas na Rádio Eldorado e, posteriormente, assumiu a Coordenação da Parceria. Participou ainda da criação da Rádio Estadão ESPN.


Em 2011, assumiu a Direção de Jornalismo e Produção da ESPN Brasil, no lugar do jornalista José Trajano.
Em 2013 foi eleito como Melhor Executivo de Comunicação do país pelo Comunique-se, concorrendo com Carlos Henrique Schroder, da Rede Globo e Mariza Tavares, da CBN.
Em Agosto de 2019, teve o desligamento de vínculo profissional comunicado pela ESPN.

Blog do Leonardo: Uma das coisas que mais foi assunto no cenário do debate público nestes últimos dias*, entre tantas coisas, foi a suspensão de partidas de diversas modalidades. O que você acha disso?
João Palomino: Prudente. Não há por que permitir aglomerações neste momento. Se a doença tem letalidade maior às pessoas com idade mais avançada, a responsabilidade de todos é impedir que sua proliferação por intermédio dos jovens chegue a estas pessoas mais velhas.

Blog do Leonardo: Qual é a sua opinião sobre a entrevista do Ricardo Teixeira a Monalisa Perrone na estreia da CNN Brasil, no domingo?
João Palomino: É alguém que tinha de falar. Tem muita coisa a dizer. A história do futebol brasileiro percorreu sua gestão. Hoje, é alguém fragilizado fisicamente, que sempre foi avesso aos microfones, sempre muito duro, mas que, claramente levará com ele muitos segredos.

Blog do Leonardo: Você acha que a CBF fez o certo de suspender as partidas nacionais?
João Palomino: A lógica é a mesma para qualquer evento que preveja aglomeração. E se a orientação é para que as pessoas fiquem em casa, também não tem sentido jogadores, comissões técnicas e árbitros se reunirem para uma partida de futebol.

Blog do Leonardo: O que você acha da COVID-19 (Coronavírus)?
João Palomino: A doença exige uma reavaliação do ser humano, seja do ponto de vista sanitário, como de distribuição de renda, noção de riqueza, expectativa de vida e por que viver tanto. Somos nada. E seguiremos sendo menos ainda se o dia seguinte ao fim do Coronavírus for igual a qualquer dos dias do ano passado.

Blog do Leonardo: Mudando de futebol para a saúde, na sua opinião o Brasil acerta nas medidas contra o Coronavirus?
João Palomino: Não, principalmente entre os brasileiros. A quantidade de notícias fabricadas e piadinhas de mau gosto superou em muito, infelizmente, o esforço da imprensa séria que, longe de ser alarmista, mostrou a gravidade da situação em outros países, situação que obrigou medidas emergenciais e duras. Com relação ao Governo Federal, foi um desastre, já que o Presidente contrariou quase tudo o que o Ministro da Saúde defendeu, planejou e informou. Aliás, o Ministro teve, durante todo o tempo uma  postura coerente e assertiva, bem informado e líder de uma administração de crise. Houve quem dissesse que é o primeiro caso de um Ministro que derruba um Presidente. Foi isso.

Blog do Leonardo: Você vê muita diferença entre o futebol praticado dentro e fora de campo no Brasil para com o resto do mundo?
João Palomino: Nos dois campos, sim há claríssimas diferenças. E nos dois campos vejo alguns movimentos de direcionamento para o planejamento, a sensatez, o suporte aos atletas e torcedores, ao calendário. Mas muito tímido ainda. O que vejo é que a transformação passa necessariamente não na construção de um ou outro time muito forte, mas de uma liga forte. Me assusta a qualidade do futebol brasileiro, do jogador brasileiro, mas isso se explica quando você vê o número de atletas lá fora. Eles deveriam estar aqui. O que o Brasil precisa também, e isso vai na contramão do que muita gente defende, é criar seus campeonatos regionais fortes sem a presença dos grandes, em divisões menores e assim fomentar o negócio, a formação do torcedor, a formação de jogadores.

Blog do Leonardo: Você esteve na frente da vice-presidência da ESPN, qual é a maior lição que você tirou desse posto que você ocupou?
João Palomino: Foram quase oito anos como gestor e 17 como narrador e apresentador. Portanto, ainda me considero mais narrador e apresentador. E a principal lição é que o conteúdo é o Rei e a equipe, o suporte de tudo. Isso procurei manter.

Blog do Leonardo: Você acha que a ESPN está indo no caminho certo?
João Palomino: Hoje não me cabe analisar desta forma. Quando estava lá, fiz as mudanças necessárias e importantes, decisivas naquele momento. Hoje, desejo toda sorte do mundo à equipe e aos profissionais que estão lá. Pode ter certeza, torço muito.

Blog do Leonardo: Você sente alguma mágoa ou ressentimento de alguém da Disney ou da ESPN por ter te demitido?
João Palomino: De forma algum. Não há o que falar de uma empresa onde passei quase 25 anos maravilhosos. Estas mudanças são naturais.

Blog do Leonardo: Um dos casos mais polêmicos da sua época na ESPN foi com o Alê Oliveira, em uma entrevista tua ao UOL, você tentou explicar, mas o Alê, em uma entrevista a um canal no YouTube (o do Rica Perrone) disse que não foi exatamente da forma como você contou para o UOL e chegou a falar com você, através do WhatsApp sobre está entrevista, o que você pode dizer sobre isso?
João Palomino: O Alê segue falando que foi demitido por causa da questão de uma acusação de racismo. Esta foi uma ilação, uma invencionice de um colunista de TV. Ele não saiu por causa disso. Não levamos à frente nem a discussão sobre isso, porque não houve nada de racismo, a não ser a infeliz colocação deste colunista.

Blog do Leonardo: Após a saída do Trajano você chegou a falar com ele? Você tem alguma mágoa dele? Vocês conversaram após a saída dele da ESPN ou a sua da casa?
João Palomino: Não tenho nenhuma mágoa. Não falei e não tenho falado com ele. Trajano segue a vida dele, eu a minha.

*O blog fez a entrevista no dia 17, mas foi possível ser publicado apenas hoje.

Desconforto no Congresso

A declaração do filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), acusando ontem a China, sem apresentar provas, de ter omitido informações sobre a pandemia do novo coronavírus pegou mal na Câmara dos Deputados.
Segundo uma fonte ouvida pelo blog, a FPA (Frente Parlamentar Mista da Agropecuária), a maior frente parlamentar da Câmara com 300 deputados, até mesmo emitiu uma nota pedindo desculpas pela declaração do filho “03” do presidente.

Estás declarações chegaram a causar um desconforto entre o presidente Rodrigo Maia e o grupo do presidente Jair Bolsonaro, principalmente o deputado Eduardo Bolsonaro.

Leia a íntegra da nota da embaixada da China: 

Fábio Zanini: "A Folha faz jornalismo, o Bolsonaro ataca a Folha"

Fábio Zanini é repórter especial e autor do blog Saída pela Direita. Foi editor de Poder e de Mundo, repórter de política em SP e Brasília, correspondente em Londres e Johannesburgo.

Trabalha no jornal Folha de São Paulo.

Blog do Leonardo: Uma das coisas que mais foi assunto no cenário político e do debate público neste últimos dias, foram as manifestações do dia 15 de março, qual sua opinião sobre está manifestação que ocorreram ontem*?
Fábio Zanini: Olha é, foram manifestações até certo ponto suprendentes porque, havia uma espectativa de que elas não acontecessem, fato é que elas aconteceram. Isso não deixa de ser uma certa demonstração, de que a sim algum tipo de apoio espontâneo ao Bolsonaro, mas elas acabaram ofuscada pela atitude irresponsável do Bolsonaro de interagir com as pessoas, num contesto de Coronavirus, então elas sendo menores, em termo de repercussão, do que elas seriam. Fato é que o Bolsonaro tentou desistimula-las, elas aconteceram assim mesmo e ele acabou prestigiando, é um certo sinal de força, mas ainda não dá para saber qual é o tamanho dessa força, porque o contesto do Coronavirus atrapalhou tudo.

Blog do Leonardo: Qual é a sua opinião sobre a relação Bolsonaro e eleitorado?
Fábio Zanini: O Bolsonaro ele tem uma relação muito forte com a parcela que é muito fiel a ele, o Bolsonaro nesses meses de governo, ele claramente está governando para os fiéis, entre os mais fiéis, que é um número, que supõe-se, que seja algo entre 25 e 30% do eleitorado. Outros que o apoiaram no segundo turno, já se arrependeram, já não o apóiam mais, tem uma relação crítica com ele, já naquele momento tinha apoiado o Bolsonaro mais contra o PT, do que pelo Bolsonaro. Então o Bolsonaro não tem muita preocupação em agradar o eleitorado, fazer gestos ao centro, ampliar a sua base, ele quer governar para aqueles que são mais fiéis mesmo.

Blog do Leonardo: Você acha que o presidente Jair Bolsonaro foi irresponsável por ir cumprimentar pessoas durantes os atos pró-governo no dia de ontem*?
Fábio Zanini: Sim, acho. Claramente irresponsável, contrariando todas as indicações dos especialistas de saúde, ainda mais pelo fato, de que ele está cercado ou teve contato com pessoas que foram diagnósticadas com Coronavirus, embora ele pessoalmente não tenha sido, mas o fato é que ele está em um habiente, pode acontecer uma contaminação e ele foi interagir com pessoas, é num contesto contra qualquer recomendação de especialistas. Mesmo o exemplo que ele passa é muito ruim, porque é o 1 mandatário da nação desmoralizando o que é a principal estratégia nesse momento de combate ao virus, que é o isolamento e o distânciamento social.

Blog do Leonardo: O que você acha da COVID-19 (Coronavirus)?
Fábio Zanini: Ainda é muito cedo para dizer o que vai acontecer, acho que tem muita desinformação, tem bastante pânico também, mas tem sinais de que é uma epidemia séria, que não pode ser minimizada, mas que ainda no Brasil está num estágio inicial, a gente tem que saber se vai seguir o caminho da Europa, da Itália, da Espanha ou se vamos ter uma epidemia mais controlada, mas o fato é que ela, inspira muito cuidados, ela veio para ficar deve demorar um tempo para passar ainda e não pode ser minizada.

Blog do Leonardo: Na sua opinião, o Brasil acerta nas medidas contra o Coronavirus?
Fábio Zanini: Sim, na minha opinião acerta no âmbito do ministério da Saúde, do governo estaduais, prefeituras estão sendo seguindas as recomendações da Organização Mundial da Saúde que é isolamento das pessoas, quarentena para os infectados, rastreamento de com quem essas pessoas tiveram contato e muita concientização. É a excessão, de novo, é o presidente Bolsonaro e alguns dos seus acólitos, do seu entorno que tem minizado essa epidemia de maneira irresponsável 

Blog do Leonardo: Qual é a sua opinião sobre a relação do governo com o  Congresso Nacional?
Fábio Zanini: É uma relação tumultuada, é uma relação muito difícil, desde o começo, é um pouco houve uma intenção aparentemente nobre no começo do governo Bolsonaro, que era de mudar a maneira de como se negociava com o Congresso, evitar o loteamento de cargos, o que é uma intensão meritória, mas ela deveria ter sido substituída por alguma outra coisa, o fato é que ficou um vácuo, não há nenhum tipo de articulação política, há pelo contrário uma campanha do Bolsonaro e de apoiadores contra o Congresso, de virificação do Congresso, que gera uma reação, e evidentemente isso gera um problema na aprovação de medidas importantes para a economia e outros setores. O que foi aprovado até agora foi muito do mérito do próprio legislativo e menos do executivo. Bolsonaro tem uma característica de tentar usar a população para pressionar o Congresso, o que aumenta o tencionamento.

Blog do Leonardo: E da relação do governo com o judiciário?
Fábio Zanini: Parecida, também uma relação difícil, ruim. É, embora o Bolsonaro em alguns momentos tenha tido uma relação razoável e republicana até com o presidente do Supremo, Dias Toffoli, o fato é que, de novo, a base do Bolsonaro, os Bolsonaristas, atacam muito o judiciário, alguns defendem o fechamento do judiciário, impeachment de ministros, também não é uma relação boa, uma relação também bastante difícil.

Blog do Leonardo: Você acha que o presidente Jair Bolsonaro age como se estivesse ainda em campanha?
Fábio Zanini: Com certeza, ele parece não ter começado a governar ainda, isso é um característica de líderes populistas, mante, fazer uma campanha permanente, tencionar sua base, usar muito as redes sociais. Outros líderes fazem isso, não apenas Bolsonaro, Donald Trump é um exemplo, líderes europeus na Hungria, na Polônia, na Itália fazem a mesma coisa. O Bolsonaro imagina que pode continuar nesse tipo de campanha permanente durante os 4 anos, dificilmente conseguirá e isso já está causando problemas de governabilidade para ele.

Blog do Leonardo: No dia de hoje* a revista digital 'Crusoé' e o site 'O Antagonista' divulgaram um áudio atribuído ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia tratando sobre o novo Coronavirus. Qual a sua opinião em relação a este áudio?
Fábio Zanini: Olha não sei que áudio exatamente é esse, o que eu sei é que o presidente da Câmara tem uma posição critica, como não apenas ele, outros líderes políticos também, sobre como o Bolsonaro está tratando o caso do Coronavirus, é uma opinião, de que ele está menosprezando a epidemia, então imagino que algo nesta linha que ele tenha dito, mas realmente não me lembro deste áudio expecificamente.

Blog do Leonardo: Você tem um blog no site do jornal Folha de São Paulo, pode definir o que trata esse blog?
Fábio Zanini: Sim, o blog chama-se 'Saída pela Direita', é um blog que eu comecei em fevereiro de 2019, por tanto ele acabou de completar 1 ano. Ele é um blog é de reportagens, de notícias, não de opinião, ele é uma cobertura sobre a direita. A direita cresceu muito no Brasil nós últimos anos, até de uma maneira surpreendente. Quando o Bolsonaro foi eleito chegou-se a conclusão na Folha de São Paulo de que era preciso entender melhor que base social é essa? Quem são esses atores, quem são essas pessoas que votaram no Bolsonaro, que deram apoio a ele político e social e nesse blog eu faço matérias, reportagens. Ele é um blog que fica no site da Folha de São Paulo, recomendo e peço a todos que acompanhe e me digam o que acharam.

Blog do Leonardo: Para você é estranho ter um blog de direita em um jornal que tem atritos com o governo, que é de direita?
Fábio Zanini: Não é estranho, talvez para quem esteja fora da Folha isso pareça estranho, mas para quem está lá não. A Folha tem a marca de ser um jornal plural, a Folha tem colunistas de direita, de esquerda, mais extremados, menos extremados, liberais, conservadores. A Folha de São Paulo não se define politicamente, ela se define como jornal plural, aberto, pluralista, dando espaço para todo mundo. Então é o fato de haver um blog sobre a direita, não deveria causar estranhamento, porque existem uma gama de assuntos e opiniões cobertas pelo jornal e o fato de a Folha ter atritos com o Bolsonaro, é mais uma escolha do Bolsonaro. O Bolsonaro tem atacado a Folha pelas matérias que tem feito, a Folha não faz campanha contra o Bolsonaro, não está em oposição ao Bolsonaro, não torce contra o Bolsonaro. A Folha faz jornalismo, o Bolsonaro ataca a Folha, mas isso não interfere no meu trabalho, no fato de eu ter um blog que cobre a direita, até o contrário, estabelece algumas pontes aí com esse eleitorado, com essas pessoas que são bastante representativas.

*O blog infelizmente não conseguiu publicar na segunda, dia em que foi feito a entrevista

Vai rolar app na Câmara.

A Câmara dos Deputados vai criar um aplicativo (plenário virtual) para poder fazer votações da casa através da internet.
O blog confirmou a informação de 'O Antagonista' com uma pessoa ligada a cúpula da Câmara e com o deputado Delegado Waldir (PSL - GO), que diz "que o aplicativo que será usado pelos deputados para as votações virtuais, em razão da pandemia do novo Coronavírus, ficará pronto em até uma semana. As reuniões presenciais — pelo menos é a ideia — vão ocorrer uma vez por semana, com um representante de cada partido."
"Os demais parlamentares poderão participar dos debates e votar pelo aplicativo" completa o site.

Esta pessoa ligada a cúpula da Câmara disse que "é isso mesmo."
Ainda, segundo está pessoa, não se tem mais nenhuma informação sobre este aplicativo feito pela Câmara.
Já segundo o deputado Delegado Waldir (PSL - GO), "não teremos votações polêmicas." "Será criado um aplicativo", completa o deputado.

Leia a íntegra da declaração do deputado Delegado Waldir (PSL - GO):
"Não teremos votações polêmicas. Será criado um aplicativo."

As manifestações ocorreram

Hoje, dia 15 de março, ocorreu as manifestações pró-Bolsonaro em várias cidades do país, mesmo com recomendações para que as pessoas evitem sair de casa, por causa do novo Coronavirus (COVID-19), estas manifestações estavam cheias.

O blog acompanhou durante o dia inteiro as manifestações.

Nós protestos tiveram "Fora STF", "Fora Congresso", "Ei, Alcolumbre! F*da-se" entre tantas outras palavras de ordem.

Entre os manifestantes tinham pessoas com máscaras verde-amarelo e outras sem nenhuma proteção.

Em Brasília e outros lugares do país, alguns políticos ligados ao presidente Bolsonaro e figuras públicas simpatizantes ao governo participaram das manifestações, como, por exemplo, o próprio presidente, a deputada Bia Kicis (PSL - DF) e a youtuber Karol Eller.
A principal forma encontrada pelos participantes para divulgar as manifestações foi através da rede social, exemplos distos foram Jair Bolsonaro, Bia Kicis (PSL - DF), Karol Eller, Daniel Silveira (PSL - RJ), .

A CNN Brasil, canal que estreou hoje, o presidente Jair Bolsonaro disse que "gostaria que eles saíssem às ruas como eu", afirmou o presidente. "Saiam às ruas e vejam como vocês são recebidos. O acordo não tem que ser entre nós no ar refrigerado. Tem que ser entre nós e o povo", disse Bolsonaro, falando sobre a necessidade de um acerto entre os poderes da República.

Mais cedo, Maia publicou em seu Twitter que Bolsonaro fez "pouco caso" da pandemia de coronavírus ao comparecer ao ato. Alcolumbre também cobrou responsabilidade do presidente. "É inconsequente estimular a aglomeração de pessoas nas ruas", disse. 

Segundo o presidente, a sua decisão de cumprimentar manifestantes em Brasília foi para "conferir o que estava acontecendo" e reiterou que a sua posição era a de evitar os protestos, por temer risco às pessoas idosas e demais grupos de risco. No entanto, fez uma ponderação de que há outras aglomerações, como transporte público e festejos de Carnaval.


Jair Bolsonaro afirmou que gostaria de se aproximar dos chefes da Câmara e do Senado. O presidente convidou Maia e Alcolumbre para uma reunião nesta segunda-feira (16) e disse que quer "deixar de lado qualquer picuinha que exista". 

O presidente disse que montará um gabinete de crise para tomar as providências necessárias. Para ele, o mais importante no momento é manter a economia funcionando.

"Quando você proíbe futebol e outras coisas, você parte para uma histeria. Proibir isso ou aquilo não vai conter a expansão", opinou. "Devemos tomar providências, pode se tornar uma questão bastante grave, a do vírus. Mas a economia tem que funcionar porque não podemos ter uma onda de desemprego".

Bolsonaro acredita que o desemprego poderia afetar a evolução da doença. "O desemprego leva pessoas que já não se alimentam muito bem a se alimentar ainda pior. Assim, ficam mais sensíveis e, uma vez sendo infectadas, pode levar até a óbito".