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"A infâmia prevaleceu'' diz ex-Lava Jato

O Procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, ex-membro da Operação Lava Jato conversou com o blog e falou sobre a decisão tomada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), dizendo que ''a infâmia prevaleceu'' e que ''a punição com pena de demissão de um dos membros originais da Operação Lava Jato, o Procurador da República Diogo Castor, é a síntese dessa falta de parâmetros, de caráter e de limites que envolve o Congresso Nacional e o Conselho Nacional do Ministério Público.''

Ainda segundo o procurador, esta ''é uma demonstração do que pretende Arthur Lira (presidente da Câmara dos Deputados) com a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 05 [que altera artigo 130 da Constituição Federal no que trata da composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e dá outras providências)]'' e que ''ontem, com 3 membros a menos, sendo 2 oriundos do Ministério Público e um da Magistratura, por 6 a 5, o CNMP puniu com a pena de demissão um profissional diligente, inteligente e capacitado por ter pago de seu próprio bolso um cartaz em homenagem à Operação Lava Jato.''


"A infâmia prevaleceu'' diz ex-Lava Jato. Reprodução: Ernani Ogata/Codigo19/Agência O Globo


''Não fosse a pequenez e ingenuidade da falta, se é que existiu, a desproporção da pena só mostra a sanha de perseguição encomendada pela classe política. A falta de proporcionalidade da composição atual do CNMP por ausência de deliberação dos nomes faltantes pelo Congresso Nacional é uma violação da Constituição'' completa Santos Lima, que termina dizendo que ''a desproporção da pena é uma violação da Constituição'', que ''o voto de Humberto Jacques é de um mau-caratismo absoluto'' e que tem ''vergonha de ter sido colega desse cidadão [Humberto Jacques]."


Leia a integra da manifestação do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que já fez parte da Operação Lava Jato, enviada ao blog:

"A infâmia prevaleceu. A punição com pena de demissão de um dos membros originais da Operação Lava Jato, o Procurador da República Diogo Castor, é a síntese dessa falta de parâmetros, de caráter e de limites que envolve o Congresso Nacional e o Conselho Nacional do Ministério Público. É uma demonstração do que pretende Arthur Lira com a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 05. Ontem, com 3 membros a menos, sendo 2 oriundos do Ministério Público e um da Magistratura, por 6 a 5, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) puniu com a pena de demissão um profissional diligente, inteligente e capacitado por ter pago de seu próprio bolso um cartaz em homenagem à Operação Lava Jato. Não fosse a pequenez e ingenuidade da falta, se é que existiu, a desproporção da pena só mostra a sanha de perseguição encomendada pela classe política. A falta de proporcionalidade da composição atual do CNMP por ausência de deliberação dos nomes faltantes pelo Congresso Nacional é uma violação da Constituição. A desproporção da pena é uma violação da Constituição. O voto de Humberto Jacques é de um mau-caratismo absoluto. Tenho vergonha de ter sido colega desse cidadão."