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PVC: ''Informação é a coisa mais moderna que existe no mundo''

A sua atuação como comentarista de futebol é marcada pelo conhecimento tático, além de uma memória apurada com a qual faz frequentes citações a times do passado e acesso a informações dos bastidores, obtidas através de uma rotina diária de telefonemas a informantes locais.

Reprodução: Instagram @pauloviniciuscoelho/Veja

Este é o entrevistado da vez, ele é Paulo Vinicius Coelho, o PVC, concedeu ao blog esta entrevista que mostra mais sobre este grande jornalista esportivo que teve passagens, em sua carreira, por 'Placar', 'Lance!', 'Folha de S. Paulo', 'O Estado de S. Paulo', 'ESPN', 'Fox Sports', 'Rádio Globo/CBN', teve um blog no Uol e hoje está no Grupo Globo, desde já agradecemos pela entrevista.

Reprodução: Fox Sports/Torcedores.com

Nesta entrevista, PVC, não foge de nenhum assunto, mostrando sua versalidade jornalistica, vista também nas suas atuações na mídia, então sem mais delonga, confira esta entrevista que, mais uma vez, orgulhosamente fazemos com mais uma figura do jornalismo brasileiro:

Blog do LeonardoÉ... PVC, a primeira pergunta que queria fazer para você, é sobre um texto que o Mauro Cezar, em setembro de 2008, escreveu no site da Espn, que era assim ó: ''Conhecemos-nos em 1991, quando eu era repórter de O Dia e comecei a fazer alguns frilas para Placar. (...) Certa vez Paulo foi ao Rio de Janeiro e aproveitamos para conversar pessoalmente depois de muitos papos telefônicos sobre jornalismo e futebol, naturalmente.'' Minha pergunta que, eu queria fazer para você é, como é esta sua relação, que foi este começo de relação com o Mauro Cezar?
PVCDesta relação com o Mauro Cezar, você tá falando? Foi do jeito que ele falou, eu comecei a pauta, a repórter do O Dia era Marta Esteves, a repórter do Placar no Rio era Márcia Esteves, em 91, plena 91 a Márcia tirou ferias e aí, o Mauro começou a fazer, então eu pautava algumas coisas, em 92 eu vim pro Rio e a gente foi almoça e depois ele foi morar em São Paulo e aí ficou amigo.
Blog do Leonardo: É, deixa eu te perguntar, eu tava vendo, é que parece que o Trajano também e muita gente como o Mauro Cezar, muita gente te conheceu no começo, antes de entrar na tv, como que foi esse teu inicio, em questão de mídia televisiva?
PVC: Em televisão? Eu tinha, eu entrei na Espn bem antes do Mauro, eu tinha uma coluna no diário Lance, o Trajano lia minha coluna, gostava dos meus textos e me convidou para fazer, faze, comentar na Copa da África e nos programas, em 99 para 2000.

PVC
Reprodução: Divulgação/FOX Sports/ Torcedores.com

Blog do LeonardoÉ, o PVC, mudando, mas falando ainda de Copa, eu acho que isso você já deve ter respondido várias vezes sobre o Felipe Melo, sobre aquela cena que ficou meio que icônica é daquela, você é jornalista, você é jogador. Como que foi, pra você, porque muitos já perguntaram o que aconteceu, mas como foi para você depois disso aí tudo?
PVCAquele episódio, pra mim, ele é um episódio que mostra muito como temos vivido num cenário equivocado, em que se acha que jornalismo é celebridade, naquele episódio eu foi, na minha opinião, criticado pelo meu acerto e elogiado pelo meu erro, ás pessoas falavam assim: ''a mais você perguntou isso para ele, bem no dia da convocação?'' Claro, a pergunta foi sobre a temporada dele e o que dizia para quem criticava a convocação, pra justificar que ele ia fazer uma boa Copa do Mundo, a pergunta era absolutamente jornalistica, aí ele não entendeu a pergunta e me agrediu e eu devolvi a agressão e aí eu to errado e depois disso as pessoas falam: ''a muito bem, você falou e aí você é jogador?'' eu tava errado, eu não posso ser elogiado pelo meu erro e as pessoas me criticavam pelo meu erro e a pergunta era um acerto, é entender o que é o jornalista, mas aquela história morreu no mesmo dia e no dia seguinte, de manhã, conversei com o Felipe Melo e tava tudo bem.

Reprodução: Lance/Twitter

Blog do Leonardo: E falando nisso, é em relação, é muito do que se leu, até tem uma matéria que a revista Piauí, fez falando que o Cuca é tinha dito assim ''eu fico p*** com o PVC'' e continua “ele mostra o jogo'' e aí o Cuca admite que gosta de você e tudo, mas é, pra você, como que é ouvir isso de um técnico, então era do Botafogo, mas com certeza não só ele, mas muitos outros técnicos, vem essa sua, vamos dizer, diferença, entre você e alguns outros jornalistas, você consegue ver a parte tática do jogo e poder passar isso para as pessoas, para o público em massa, vamos dizer assim.
PVC: Eu não lembro do Cuca disse, você leu ele ficar puto comigo? A o, é a matéria da Piauí, tá, em 2007, 2008, comecinho de 2008, pra mim foi um dos maiores elogios que recebi na minha carreira foi o Cuca num dia que liguei para ele e ele falou, pó tomei mo bronca do cuquinha, ele falou que você viu o jogo inteiro, que eu falei com você, eu não falei com ele, aí o cuquinha falou assim, ''claro que falou, tá aqui o jogo igualzinho o que vai ser'' para mim é um orgulho, para mim é um orgulho que as pessoas olhem para mim e achem que eu to vendo bem o jogo, ah, gosto de ter esta percepção, não é que vou sempre bem, um dia tá vendo melhor ou pior, enfim acontece.
Blog do Leonardo: É ainda falando, focando nisso é, nesse mesmo texto, mais para baixo fala de uma nova geração, que você faz parte desta nova geração de, que busca informação, de que, faz um trabalho jornalistico, não como, vamos se dizer assim, a geração anterior romântica, que é o que o próprio site coloca, é para você, como que é, essa questão de, de informação, de poder mostra para as pessoas que acompanham o esporte, um pouco, vamos dizer assim, desvendar o que os técnicos fazem, vamos dizer assim.

Reprodução: Super FC

PVC: O que eu acho, que a gente esta num período, que as pessoas estão achando que jornalismo é dar opinião, é dizer, eu acho isso ou é fazer a critica pela critica e eu não acredito nisso, eu acredito na informação, inclusive como base da sua opinião, se eu parti de uma premissa errada, se eu partir de uma opinião errada, se eu partir de uma informação errada, melhor dizendo, a minha opinião tem grande chance de estar baseada em areia movediça, e de ela não se sustentar, vou dar um exemplo, outro dia alguém escreveu que o Marcelo tinha que ser testado no meio campo e não entende o porque o Tite não testou e o Tite dizia que depois que, durante a Copa do Mundo, que o Tite dizia que estava na frente do tempo para testar o Marcelo no meio do campo e perguntou o porque o Marcelo não foi testado depois da Copa então? É que o Marcelo foi convocado duas vezes e nas duas ele estava machucado e não pode atender a convocação, não tinha como testar, então se você não tiver informação, a chance de você dar uma opinião que não se sustenta, é enorme, hu, neste momento que a gente está tão baseado em opinião e eu acho que, para mim a coisa mais moderna que existe no mundo é informação, informação é fundamental até para usar este celular que alguém fez e desenvolveu o celular com base na informação que ele tinha para isso, informação é a coisa mais moderna que existe no mundo.
Blog do Leonardo: O PVC eu vi...também, ainda nesta, continuando na revista Piauí, tem uma parte que fala assim, deixa eu pegar aqui para você, han ''em São Paulo, antes de entrar numa sala apinhada de alunos de jornalismo que, excitados, o esperavam como se ele fosse um Robinho, um homem o cutucou e soltou o comentário de praxe: “Você tem uma memória extraordinária, né? Muita leitura…” PVC sorriu meio sem jeito: “É, eu leio bastante. Mas tem um pouco de trabalho também'', como você analisaria essa, essa frase num todo?

Reprodução: Divulgação

PVC: Quando a gente tenta fazer jornalismo, quando entrei no curso, o curso abriu em 81 e sou jornalista desde 87, mas o Carlos Maranhão custava a dizer que ''a gente é 90% transpiração e 10% inspiração'', eu sou 100% transpiração, é, é, é transpiração, é trabalhar, se não trabalhar não tem, trabalhar é dia a dia, é lé, é pesquisar, é pensar, e respeita, é achar uma folha que responde a sua pergunta, é se questionar de alguma coisa e tentar ter a resposta, é instigar a si próprio.
Blog do Leonardo: É PVC, continuando nesta linha, para você, hoje a gente tá numa era, como você disse, de informação, de opinião, de tecnologia, como que você vê está questão de internet e a ''facilidade'', vamos se dizer assim, de notícia, porque hoje é muito fácil, você saber, do mesmo jeito que to falando com você, posso tá falando com outras pessoas, transmitindo muito rápido uma notícia. O que você vê sobre esse cenário, geral?
PVC: Não entendi sua pergunta.
Blog do Leonardo: Assim, no sentindo de, como você tava falando do jornalismo ser algo preciso e vê e procurar informação, para você, hoje, é, como que é essa questão de informação para trazer uma boa informação, uma boa analise, um bom, bom, uma boa escalação, mostra ó fulano 'x' fez isso, fulano 'y' fez aquilo, que pode, mudar um pouco o jogo, porque o, o que acontece esca..., é, taticamente ainda influencia, mesmo sendo imprevisível, é, como que é para você, essa questão da rápida informação, no sentindo de que, você tem que dar uma informação certa, porque o jornalismo é muito isso, só que bem precisa e rápida. Como que é isso para você?
PVC: Você tem que ter fonte, você tem que saber para quem telefonar para checar uma informação, você tem que saber para quem telefonar para ter uma informação, é bom usar arquivo para checar informação. Informação é, é, é, jornalismo é checar, rechecar e ter responsabilidade no que vai publicar.
Blog do Leonardo: E falando em questão que, de que muito você é elogiado pela questão de checagem, de memória, acho que é o Trajano, não vou me lembrar bem, dentro de um outro texto, na pesquisa que foi fazer para essa entrevista, eu vi que parece, não vou me lembrar, acho que na época do 'Placar!', você falava sobre um texto que o cara, que, a pessoa que tá lá que não vou lembrar que tá lá, que não vou lembrar quem é
PVC: Sérgio Martins
Blog do Leonardo: Acho que é, que falava que você falava, por exemplo, um time ou algum jogador, ele fala não checa, checa de novo para ter certeza, como que foi, para você, esta questão de você saber e você ter que checar?
PVC: Isso é todo o dia, isso é todo o dia, você erra quando você confia que você sabe, então é bom sempre checar, mesmo em coisas que você tem absoluta certeza.
Blog do Leonardo: É, continuando nessa questão, o que, vamos se dizer assim...
PVC: Isso eu aprendi com o Sérgio Martins
Blog do Leonardo: É, qual que é o ''legado'', vamos se dizer assim, da 'Placar!' e de onde você passou, para hoje na Fox*, o que você usa de bagagem, vamos dizer assim, que você adquiriu?
PVC: Cara, a gente é, o que a gente fez, né? Cada dia que você que você viveu, você aprendeu uma coisa. 'Placar' me ensinou a escrever, a procurar uma, a procurar uma visão diferente para escrever, procurar não escrever sobre o que tá tudo mundo vendo. O jornal me ensinou a ter lead, saber claramente sobre o que eu vou escrever e jornalismo, em televisão ou em rádio ou em jornal ou em, é contar uma história. Quanto mais conhecimento você tiver, melhor vai ser a sua história, vou mandar uma matéria de buracos de rua e eu souber que aquele buraco tem 2 centímetros por 5 de profundidade, mas que ele nasceu com 1 centímetro quando passou um caminhão e que naquele lugar passam 100 caminhões por dia, mais rica vai ficar a matéria. 'Placar!' me deu muito a felicidade, foi muito, foi muito bom para a minha formação, porque eu tinha tempo de escrever e rescrever o texto, de perceber, ao fazer o texto, que uma informação que não tinha precisava tá no texto e aí você tem a condição de ligar de novo e pedir outra, conseguir apurar aquela informação.

Reprodução: Instagram @pauloviniciuscoelho

Blog do Leonardo: É continuando nessa é, você é, falando em 'Placar!', você ainda tem relação com o pessoal da 'Placar!' ou não, você acabou perdendo?
PVC: Tenho, com quem trabalhei lá? Celso Séltion trabalhou comigo na 'Placar!', Mauro Cezar trabalhou comigo na 'Placar!', han, Sérgio Martins morreu, Dude Americano morreu, han, com algumas pessoas que trabalharam comigo, sim! Tenho relação. Sérgio Xavier trabalhou comigo em 'Placar!' mais tarde, han, Sergio Ruiz Luz trabalhou comigo em 'Placar!', mais tarde. Tenho contato com Marcelo Duarte trabalhou comigo em 'Placar!' mais tarde, eu conheço, com todas essa pessoas que trabalharam comigo eu tenho contato.

*PVC já não está mais no Fox Sports, ele saiu em 21 de janeiro deste ano (hoje está no Grupo Globo), sendo que a entrevista foi feito um tempo antes de sua saída, que foi feito em 15 de julho de 2019.

Bolsonaro Vs. Imprensa

Primeiramente, queria ressaltar que a postura da imprensa de "bater" no presidente, foi por causa da memória no dia de hoje sobre o Golpe Militar de 64, durante a Ordem do Dia, algo normal nos quartéis.
O presidente Jair Bolsonaro desde de a pré-campanha junta ''inimigos'', o primeiro foi o Grupo Globo, tendo como a primeira a levar uma paulada do candidato, a TV Globo, principal veiculo deste grupo.

Gastão Guedes/Creative Commons


Vê se ter uma ressalva pois, veículos como a rádio Jovem Pan, RecordTV, SBT e alguns outros sempre estiveram ao lado do presidente e de seu governo.
Durante a corrida de 2018, entrou no ''grupo'' (aqui fica uma ilusão aos grupos de WhatsApp, aplicativo de celular muito usado pelos membros do governo) o jornal ''Folha de São Paulo'' (principal jornal do país), que o acusou de vários atos durante a campanha.
Após isso, veio o período de transição, tempo a qual vários veículos do país colocaram notícias referente ao caso do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz que o Coaf identificou movimentação financeira atípica feitas pelo mesmo, algo a qual foi para tentar desgastar a imagem do presidente. Abaixo estará uma entrevista do SBT feita com o Fabrício.


Após este caso, veio a demissão, no segundo mês do ex-ministro Gustavo Bebianno, que foi a ''porta da desgraça'', pois foi uma ''lavagem de roupa suja'' em publico, mesmo o ex-ministro, o outro filho do presidente, que esteve envolvido, e o governo afirmarem que não, mas mostrou que o presidente Jair Bolsonaro, neste caso, dentro desta confissão afirmar ao ministro, em áudio divulgado nas conversas entre os dois, sobre a reunião entre Bebianno e Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de relações institucionais do Grupo Globo, diz Bolsonaro:
“Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos se aproximando da Globo. Então não dá para ter esse tipo de relacionamento. Agora… Inimigo passivo, sim. Agora… Trazer o inimigo para dentro de casa é outra história. 'Pô', 'cê' tem que ter essa visão, pelo amor de Deus, cara. Fica complicado a gente ter um relacionamento legal dessa forma porque 'cê' tá trazendo o maior cara que me ferrou – antes, durante, agora e após a campanha – para dentro de casa. Me desculpa. Como presidente da República: cancela, não quero esse cara aí dentro, ponto final. Um abraço aí.”
Algo que o presidente tem razão no sentido de ''inimigo passivo'', pois o presidente está certo, mas como na entrevista ao programa ''Os Pingos Nos Is'' da rádio Jovem Pan, disponível abaixo e no YouTube, o ex-ministro foi ''fritado'' em publico, algo que para este que vos escreve, não é uma boa atitude de um Presidente da República, em relação a tantos outros problemas que teriam a maior atenção do que o ministro.


Mas mesmo com tudo isto temos que ressaltar que o presidente Jair Bolsonaro, como foi mencionado na entrevista de Bebianno, um dos principais lideres políticos que foi eleito, com nenhuma ''fabricação'' de sindicatos, partidos ou qualquer outros movimento, foi algo muito espontâneo.
Antes que termine este post, gostaria de informar que todos que foram citados neste post, se assim quiserem, podem ter o ''direito de resposta'', neste e em qualquer post e fica aqui o meu compromisso em qualquer citado de todas as postagem possam ter espaço para se manifestar e com isto ter ''direito de resposta''.

Thiago Uberreich: ''Desde pequeno eu gostava de ouvir rádio''

Thiago Uberreich é repórter da Jovem Pan e âncora do ''Jornal da Manhã'' e autor de "Biografia das Copas".
Reprodução Twitter/Thiago Uberreich

Sendo um dos rostos da rádio Jovem Pan, falou com o blog, numa entrevista muito descontraída, desde de já o blog agradece a disponibilidade, então curte aí:
Blog do Leonardo: Como nasceu a vontade de seguir na carreira do jornalismo?
Thiago Uberreich: Desde pequeno eu gostava de ouvir rádio. Antes da internet, eu gostava de ouvir o rádio na frequência de ondas curtas. Sintonizava emissoras como Rádio Canadá Internacional e a Voz da América. Além disso, meus pais assinavam a Folha e o Estadão e eu cresci nesse ambiente.
Já um pouco mais velho e apaixonado por futebol, ficava horas ouvindo as jornadas esportivas e, de uma certa maneira, eu decidi fazer jornalismo para trabalhar com o esporte. No entanto, eu comecei a trabalhar na Rádio Eldorado, emissora do Grupo Estado, que
não tinha transmissão esportiva. E aí eu comecei a me interessar por outros assuntos, como política e economia.
Blog do LeonardoComo a Jovem Pan influenciou você?
Thiago Uberreich: A Jovem Pan sempre foi referência em rádio. Lembro de nos anos 80 meu pai me levando para a escola e com a Jovem Pan sintonizada no rádio. Como disse acima, ouvia muito as transmissões esportivas e a Jovem Pan. E isso me influenciou muito.
Blog do LeonardoComo que é ser uma das caras que fazem a Jovem Pan?
Thiago Uberreich: Com toda sinceridade, eu jamais imaginei que um dia eu conseguiria chegar a Jovem Pan. A Jovem Pan era um sonho que, por incrível que pareça se realizou. Hoje tenho muito orgulho de fazer parte dessa equipe, ainda mais apresentando o Jornal da Manhã. Imagine você, trabalhar em um jornal que você ouvia quando criança.
Blog do LeonardoEm sua trajetória, qual é o veículo mais te marcou?
Thiago Uberreich: Todos marcam de uma certa maneira e aprendemos muito. Só trabalhei na Eldorado e na Jovem Pan. A Eldorado foi a minha faculdade. Aprendi muito em relação ao texto e reportagem. Na Jovem Pan, a projeção do nosso trabalho é muito grande. Fiz séries especiais que marcaram a minha vida.
Blog do Leonardo: Como é ser âncora do principal jornal matutino do rádio brasileiro?
Thiago Uberreich: É mais ou menos o que eu já te disse. Às vezes eu não acredito que estou nessa posição. Foi tudo acontecendo naturalmente. Em março de 2016 eu iria apenas cobrir férias no jornal, mas aí teve a condução coercitiva do Lula. Naquele dia eu fiquei 12 horas no ar e minha vida mudou. A direção da rádio entendeu que eu deveria passar apresentar o jornal, ainda ao lado do mestre Joseval Peixoto que resolveu pendurar as chuteiras.
Blog do Leonardo: Como é estar em um programa com o professor Vila, o Augusto Nunes, o Felipe Moura Brasil, a Denise Campos de Toledo, a Vera Magalhães, o grande Joseval Peixoto (que não está mais no rádio) e tantos outros profissionais da Jovem Pan?
Thiago Uberreich: Conviver com profissionais brilhantes é o maior presente que podemos ter na vida. E tentar extrair de cada um o seu melhor é um grande segredo. Eu admiro todos esses que você citou. Agora, em relação aos profissionais de rádio, o Joseval é um dos maiores. Vou guardar para sempre todos os ensinamentos que tive com ele.
Blog do Leonardo: Qual a história mais te marcou, até hoje?
Thiago Uberreich: Tem uma história interessante do meu início na reportagem. Em 10 de setembro de 2001, o prefeito de Campinas, Toninho, foi brutalmente assassinado. E minha chefe me avisou que no dia seguinte eu iria para Campinas acompanhar o velório e o enterro. Claro que, apesar de ser uma notícia lamentável, eu fiquei empolgado, pois teria uma chance de mostrar meu trabalho. No entanto, o que aconteceu em 11 de setembro? Todos sabem. Foi o dia dos atentados contra os EUA. Portanto, se eu entrei três vezes no ar ao vivo de Campinas foi muito.
Blog do Leonardo: Você no ano passado lançou um livro chamado "A Biografia da Copas" como foi desenvolver este livro?
Thiago Uberreich: Desde os 13 anos, eu coleciono material relativo ao futebol, principalmente Copas do Mundo. Eu levei dois anos para escrever o livro que, na verdade, foi consequência de muitos anos de pesquisa e trabalho. Foi realmente uma conquista. Me senti ganhando uma Copa do Mundo, rs. Como eu digo no próprio livro, é um trabalho hercúleo, mas o resultado final é incrível e gratificante.
Blog do Leonardo: Sei que o prefácio do seu livro é do grande Mauro Beting, como isso foi possível?
Thiago Uberreich: O Mauro é um gênio. É um dos caras que eu mais admiro na imprensa esportiva. Ele tem a emoção do futebol correndo nas veias. Para minha alegria, ele veio trabalhar na Pan e virou meu amigo. Quando eu ainda estava no colégio, eu liguei para a casa dele para pedir orientações sobre se deveria ou não fazer jornalismo. Ou seja, virei jornalista meio que por causa dele. E nada mais justo do que fazer o convite para ele escrever o prefácio. E o mais legal: ele me chamou de “Cafu” no prefácio. Ou seja: o Mauro é o Pelé e eu sou o Cafu. Está ótimo para mim.
Blog do Leonardo: Por fim, o que você diria a quem está começando no meio jornalístico ou aquele que quer seguir nesta profissão?
Thiago Uberreich: Olha, eu sempre dou a seguinte dica: estude muito. Leia tudo o que puder. Vire um obcecado pelo assunto que você mais gosta. Se você gosta de economia, faça cursos e estude muito sobre o assunto. Se você gosta de futebol, leia tudo, faça cursos. Seja persistente e, antes de tudo, seja humilde. Nós não sabemos e nunca saberemos tudo.

Se você quiser ver está entrevista de uma maneira bem mais intuitiva, clique aqui.