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Anvisa aprova uso emergencial das vacinas Coronavac e de Oxford

A Agência Nacional de Vigilância formou maioria para aprovar o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19: a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan, e da Universidade de Oxford em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil, e a farmacêutica AstraZeneca. Com isso, a campanha de vacinação já pode ser iniciada no Brasil - a data anunciada pelo governo federal é 20 de janeiro.

A reunião extraordinária da diretoria colegiada realizada neste domingo (17) iniciou às 10h e, por volta das 15h, formou maioria com três votos a favor da aprovação. A liberação foi discutida por cinco membros da agência, entre eles o presidente do órgão, o médico e contra-almirante Antonio Barra Torres. A análise da liberação dos dois imunizantes foi realizada por uma equipe de cerca de 50 pessoas da agência reguladora e três áreas responsáveis pelo registro de medicamentos, certificação de boas práticas de fabricação e pela farmacovigilância de medicamentos, que é o monitoramento do produto no mercado.

Governador João Doria acompanhou a sessão da Anvisa que decidiu aprovar o uso emergencial das vacinas no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Reprodução: Governo do Estado de São Paulo.

Apenas farmacêuticas que realizaram estudos clínicos de fase 3 no país podem pedir o aval para aplicar a vacina neste formato, pelas regras atuais da agência. Com o resultado, os parâmetros aprovados para cada vacina serão tornados públicos, e a autorização passa a valer a partir da ciência oficial dos laboratórios solicitantes.

A primeira pessoa no Brasil a receber a vacina do Butantã foi a enfermeira Mônica Calazans, 54 anos, moradora de Itaquera e que atua na linha de frente contra Covid-19 no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e foi vacinada por Jéssica Pires de Camargo, 30 anos, enfermeira de Controle de Doenças e Mestre de Saúde Coletiva pela Santa Casa de São Paulo. 

Depois, ela recebeu do Governador João Doria (PSDB) um selo simbólico com os dizeres “Estou vacinado pelo Butantan” e uma pulseira com a frase “Eu me vacinei”.

Também foram vacinados outros profissionais de saúde.

Procuradores da República questionam Fiocruz sobre produção da vacina AstraZeneca

Em ofício enviado nesta sexta-feira (18/12), procuradores da República do Amazonas, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe pedem esclarecimentos para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre a vacina que será produzida pela instituição, que firmou parceria com o consórcio Oxford/AstraZeneca. O “Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19” prevê a aquisição de mais de 100 milhões de doses até julho e 30 milhões de doses por mês no segundo semestre de 2021, o que torna esse imunizante a principal aposta do Ministério da Saúde.

O Ministério Público Federal (MPF) pede à Fiocruz que informe se foram realizadas adaptações na sua planta para produção da nova vacina. Além disso, os procuradores perguntam qual a capacidade produtiva atual e se a fundação será capaz de atender as aquisições previstas pelo plano nacional de vacinação ou até ampliar a produção, caso ocorra aumento da demanda.

Outro ponto que a Fiocruz deve esclarecer diz respeito aos recentes questionamentos científicos sobre a validade dos testes clínicos e às reações adversas possivelmente associadas à vacina AstraZeneca.

Prédio da Fiocruz. Reprodução: Fiocruz/Ministério Público Federal (MPF)

Esses problemas podem atrasar a aprovação emergencial ou o registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, consequentemente, a produção do imunizante pela Fiocruz.

Além disso, os procuradores pedem esclarecimentos sobre a parceria firmada entre a Fiocruz e o consórcio Oxford/AstraZeneca, especialmente no que diz respeito à transferência da tecnologia. A instituição deve informar o prazo de vigência e detalhar cronograma e fases.

A Fiocruz tem prazo de cinco dias para enviar as respostas.